Sampaoli barra saída de Rony do Atlético-MG e trava Santos

O planejamento do Atlético-MG para o ciclo de 2026 já demonstra contornos de rigidez estratégica por parte da comissão técnica. Enquanto a diretoria trabalha em uma reformulação pontual do elenco, as movimentações de saída encontram barreiras internas fundamentadas em convicções táticas. O caso mais recente envolve o atacante Rony, que teve sua permanência assegurada por uma intervenção direta do comando técnico.

Recentemente, o Santos formalizou interesse no atleta de 30 anos, enxergando nele o substituto ideal para Guilherme, negociado com o Houston Dynamo, dos Estados Unidos. Contudo, o que parecia uma negociação promissora para o clube paulista esbarrou na postura irredutível de Jorge Sampaoli. O treinador argentino vetou a liberação do camisa 33, frustrando os planos de Alexandre Mattos, executivo de futebol do Peixe, que já começa a monitorar outras opções no mercado diante da resistência atleticana.

A postura do Galo nas tratativas também refletiu o peso do investimento realizado. Originalmente, o Santos buscou um empréstimo, modalidade prontamente descartada pela cúpula mineira. Para abrir conversa, o Atlético-MG exigiu uma transferência em definitivo, visando proteger o aporte de 6,5 milhões de euros (cerca de R$ 38,8 milhões na cotação da época) despendido para tirar o jogador do Palmeiras.

Renan Lodi chega e Guilherme Arana vira alvo do Fluminense

Paralelamente ao imbróglio envolvendo Rony , o Atlético-MG segue operando com agressividade na busca por reforços. A lateral-esquerda é o setor de maior ebulição no momento. O clube confirmou a contratação de Renan Lodi, de 27 anos, que estava livre após encerrar seu vínculo com o Al-Hilal. O defensor assinou um contrato de longa duração, válido por cinco temporadas, reforçando o setor defensivo para os desafios que virão.

Essa movimentação no mercado de entradas pode sinalizar uma reposição antecipada. Guilherme Arana, um dos pilares do elenco , entrou no radar do Fluminense e sua continuidade sob o comando de Sampaoli não é uma garantia absoluta. A diretoria mineira parece se precaver contra uma possível perda de peso no setor, garantindo uma peça de nível internacional para a ala esquerda.

Abaixo, os números de Rony em sua primeira passagem pelo clube, que justificam a insistência técnica de Sampaoli, apesar da relação instável com as arquibancadas:

O respaldo de Sampaoli contra a resistência da torcida

Mesmo com as estatísticas apresentando uma participação direta em 18 gols durante sua temporada de estreia, Rony não é uma unanimidade entre os torcedores atleticanos. O atacante enfrentou críticas severas ao longo do último ano, tornando o ambiente para sua permanência desafiador. Entretanto, para Sampaoli, o valor tático do atleta prevalece sobre a pressão externa, o que motivou o veto imediato à sua saída para a Vila Belmiro.

A decisão de manter Rony , somada à chegada de Renan Lodi, indica que o Atlético-MG não pretende se desfazer de ativos importantes sem uma compensação financeira que recupere o valor investido. O mercado da bola segue agitado, mas o Galo impõe suas condições, priorizando a manutenção de uma estrutura competitiva para a longa jornada que a temporada de 2026 exigirá.