Cuca Revela Medo de Lesões e Tática de Elenco no Atlético-MG

A recente vitória do Atlético Mineiro por 2 a 1 sobre o Godoy Cruz, na Arena MRV, pela Copa Sul-Americana, garantiu ao clube uma posição vantajosa para o confronto de volta das oitavas de final, que ocorrerá na Argentina na próxima quinta-feira (21). Apesar do placar positivo, que permite ao Galo avançar com um simples empate, a atuação da equipe gerou intensos debates e críticas entre os torcedores, especialmente nas plataformas digitais.

A partida, que viu o Godoy Cruz abrir o marcador no primeiro tempo antes da virada atleticana com gols de Cuello ? cuja performance foi amplamente elogiada ? e Hulk, que sacramentou a vitória nos instantes finais, não conseguiu acalmar os ânimos da massa alvinegra. Pelo contrário, o desempenho aquém do esperado provocou uma onda de insatisfação, culminando em pedidos explícitos pela saída do técnico Cuca.

A Desafiadora Gestão de Elenco de Cuca

Diante da repercussão, o comandante do Time do Impossível veio a público para defender sua filosofia de trabalho e esclarecer as complexidades de gerir um elenco em um calendário tão apertado. Cuca enfatizou a impossibilidade de manter um grupo fixo de titulares, dada a exaustão física que os atletas enfrentam entre uma partida e outra.

Você não consegue ter um time titular, não dá, porque o desgaste é tão grande de um jogo para o outro que você tem que ter um 16, 17 jogadores titulares e ir usando eles conforme as necessidades para não estourar todo mundo.

A preocupação do treinador com a integridade física de seus jogadores é palpável, especialmente em um período crucial da temporada, onde o Atlético Mineiro se vê envolvido em três frentes de disputa: a Copa Libertadores, o Campeonato Brasileiro Betano e a Copa Betano do Brasil. Este cenário de alta demanda competitiva exige uma administração meticulosa do plantel para evitar baixas significativas.

Foto: (Gilson Lobo/AGIF)

O Alerta Lyanco: Prevenção Acima do Risco

O próprio jogo contra o Godoy Cruz serviu como um exemplo prático dessa apreensão. Lyanco, uma das peças fundamentais na defesa atleticana, precisou ser substituído após relatar desconforto muscular na perna. A decisão de Cuca de retirar o zagueiro de campo foi uma medida preventiva, visando proteger o atleta de uma lesão mais grave que poderia afastá-lo por um período prolongado.

O técnico detalhou a cautela adotada pela comissão técnica para preservar o elenco , destacando o sucesso em minimizar lesões musculares até o momento. A substituição de Lyanco , portanto, não foi um acaso, mas sim um reflexo direto da estratégia de monitoramento e precaução implementada para garantir que todos os atletas estejam disponíveis quando necessário, especialmente em uma sequência de jogos tão decisiva.

Temos perdido pouquíssimos jogadores com lesão muscular, que é o que nos preocupa. Hoje o Lyanco sentiu um pouco a perna pesada e a gente já tirou, para não correr o risco de perdê-lo por mais tempo. Nós fazemos as precauções necessárias aí pra poder ter o elenco todo a mão.