Atlético-MG: Zaga em Xeque - Desfalques e Saídas Desvendam Enigma Defensivo

O Atlético Mineiro se depara, neste ponto crucial da temporada, com um dilema considerável em seu plantel: a notável carência de defensores centrais aptos para atuar. Este cenário, que se desenha como um quebra-cabeça complexo para a comissão técnica, reflete não apenas ausências pontuais, mas uma série de movimentações estratégicas que, somadas, culminaram na atual fragilidade do setor.

A situação para o embate deste domingo (24) contra o São Paulo, válido pelo Campeonato Brasileiro, ilustra vividamente essa dificuldade. O Galo possui opções limitadíssimas para compor a linha defensiva no MorumBis, exigindo do técnico Cuca decisões que, inevitavelmente, serão tomadas nos instantes derradeiros que antecedem o apito inicial.

O Vazio na Defesa: Um Legado de Movimentações no Elenco

A escassez atual não brotou de um único evento, mas é o resultado cumulativo de um período de intensas transações. Ao longo da temporada, o Atlético-MG registrou a saída de cinco zagueiros, decisões que, em retrospectiva, parecem ter contribuído para o panorama atual de desfalques. Essas movimentações, algumas mais recentes e outras datando do início do ano, moldaram a estrutura defensiva do clube.

No alvorecer da temporada, o Galo viu Rodrigo Battaglia e Mauricio Lemos tomarem novos rumos, transferindo-se para o Boca Juniors e Vasco, respectivamente. Adicionalmente, Bruno Fuchs foi cedido por empréstimo ao Palmeiras, em um acordo que envolveu a chegada de Caio Paulista ao clube mineiro. Mais recentemente, a equipe perdeu Rômulo, emprestado ao Sporting (POR), e Igor Rabello, que acertou sua ida para o Fluminense. A negociação de Rabello, em particular, gerou discussões internas, com pedidos de cancelamento em virtude da lesão de Lyanco, que já sinalizava a iminente lacuna no setor.

Para ilustrar a dinâmica das movimentações no setor defensivo, apresentamos um resumo:

O Desafio Imediato: Como Cuca Montará a Zaga no MorumBis?

A realidade para o confronto contra o São Paulo é particularmente desafiadora. Junior Alonso, o único titular que vinha mantendo regularidade, está fora devido a suspensão. Lyanco , o outro pilar da defesa, segue em recuperação de uma lesão, e seu retorno ao campo não é esperado para um futuro próximo, conforme as projeções médicas.

Diante desse cenário, o GE reportou que Cuca precisou recorrer a alternativas emergenciais, relacionando apenas três zagueiros para a viagem a São Paulo: Iván Román, Vitor Hugo e Vitão. Este último, um jovem talento, foi integrado do time sub-20 para preencher o setor, e a expectativa é que ele inicie a partida no banco de reservas, evidenciando a profundidade da questão.

Apesar de uma potencial solução no horizonte com a chegada de Ruan Tressoldi, emprestado pelo Sassuolo (Itália) por uma temporada com opção de compra, o defensor, que teve passagem recente pelo próprio São Paulo, não estará à disposição de Cuca para o compromisso imediato. Sua integração ao elenco e, consequentemente, sua estreia, demandarão tempo, deixando a comissão técnica com um quebra-cabeça tático urgente para resolver neste momento.