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Rony se Redime no Galo e Cuca Clama por Perdão da Torcida
Por Redação FutGalo em 02/08/2025 12:31
O lance que selou a vitória do Atlético-MG sobre o Flamengo, embora finalizado por Cuello, teve a comemoração de Rony como um dos momentos mais marcantes. O atacante, visivelmente aliviado, celebrou efusivamente, tanto com o colega quanto sozinho, direcionando seu gesto para a massa atleticana presente no Maracanã. Aquela exteriorização de sentimentos parecia um desabafo após dias particularmente desafiadores no clube.
A trajetória recente de Rony no Atlético-MG tem sido marcada por uma intensidade incomum, oscilando entre a controvérsia e a busca por afirmação. Nos últimos dez dias, o jogador esteve no epicentro das discussões. Inicialmente, a notícia de um processo trabalhista movido contra a instituição por pendências salariais gerou considerável agitação. Embora um acordo tenha sido rapidamente alcançado com a diretoria, permitindo sua continuidade nos treinamentos, a questão reverberou intensamente entre os torcedores.
Sua titularidade contra o Bucaramanga, em meio ao imbróglio judicial, resultou em vaias e xingamentos por parte da própria torcida. O cenário não melhorou no confronto seguinte, contra o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro, onde Rony perdeu uma oportunidade clara de gol sem a presença do goleiro Rossi sob as traves, intensificando as críticas. No mais recente embate de quarta-feira, apesar de não ter tido chances claras de finalização, sua atuação foi crucial ao pressionar a saída de bola adversária, culminando no erro de Léo Pereira e no gol de Cuello.
O Desabafo de Rony: Autocrítica e Alívio
O próprio Rony não hesita em reconhecer a pressão e a autocobrança inerentes ao seu ofício, especialmente após falhas significativas. Sua fala revela a profundidade de seu compromisso e a busca incessante por aprimoramento:
No último jogo, eu fiquei bem triste por ter errado. Eu me cobro muito, até porque há jogos em que você não pode errar.
Ele prossegue, detalhando a intensidade de seu desejo em campo e a metodologia de sua preparação, que envolve um estudo minucioso das partidas. A falha, para ele, é um catalisador para o trabalho redobrado, e a autocobrança, o motor de sua evolução. A jogada que originou o gol de Cuello foi um reflexo dessa dedicação:
- Naquele momento, ninguém mais do que eu queria o gol. A gente sabe que os erros acontecem para você melhorar, então você tem que trabalhar ainda mais, e é o que eu faço. Estudo todas as jogadas, todos os jogos e, quando erro, quem mais me cobra sou eu. - Depois de uma pressão, induzi o zagueiro ao erro, e o Cuello leu bem a jogada, antecipou e finalizou bem para fazer o gol. Um gol que nos dá o privilégio de sair na frente. Jogos difíceis, mas está todo mundo de parabéns pelo empenho, com todos se ajudando dentro de campo. (...) Com certeza (traz um alívio para ele). Eu, particularmente, fico muito feliz por representar o torcedor em campo. Na comemoração, eu sinto falta de estar com eles e cada vez mais vou vibrar, chamar o torcedor para nos apoiar. Honrar a camisa dentro de campo é o que mais sei fazer.
A comemoração intensa, então, não foi apenas uma explosão de alegria, mas um reconhecimento do peso que carregava e da satisfação em, finalmente, contribuir de forma decisiva para um resultado positivo. O alívio pessoal e a conexão com a torcida são elementos centrais em sua declaração.

Cuca e o Apelo por Reconciliação com a Torcida
Após o embate, o técnico Cuca, figura central na chegada de Rony ao clube e seu principal defensor, foi questionado sobre o desempenho do jogador. O treinador fez um veemente apelo para que a torcida atleticana deixe para trás os episódios recentes, compreendendo a importância do atleta para o esquema tático da equipe. Sua mensagem foi clara, focada na superação e no perdão:
Ele é muito importante. O torcedor tem que entender que já passou. O que ocorreu com ele são águas passadas, não devemos guardar mágoa de ninguém, o perdão é divino. E o Rony fazendo das tripas coração, como ele faz no jogo, ele já vai ser perdoado, porque a torcida quer isso dele.
A fala de Cuca busca pacificar a relação entre Rony e a arquibancada, enfatizando que o empenho e a dedicação demonstrados em campo devem prevalecer sobre qualquer desentendimento anterior. A performance do jogador, em sua visão, é a maior prova de sua lealdade e compromisso com o clube.
Cuca não poupou elogios à versatilidade de Rony , destacando sua capacidade de atuar em diversas posições no ataque e a relevância de sua contribuição, inclusive no gol da vitória contra o Flamengo. Essa análise reforça a percepção de que o jogador é uma peça tática valiosa, capaz de desequilibrar e criar oportunidades:
- Ele joga na ponta direita, na esquerda, vem de segundo atacante. Ele rende bem quando está de nove, porque ataca os espaços, incomoda muito os adversários, como numa bola que ele cruzou para o Cuello. É um jogador muito importante para nós. E numa dessa insistência dele, a gente fez a roubada de bola e o gol.
A insistência de Rony na pressão defensiva, que resultou na recuperação da posse e no gol decisivo, é um exemplo da contribuição que nem sempre é visível nas estatísticas de gol, mas é fundamental para o sucesso da equipe. O episódio do Maracanã, portanto, representa um ponto de virada para Rony , que, amparado pela confiança de seu técnico, busca reestabelecer sua plena conexão com a massa atleticana e consolidar sua importância no elenco.
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