- FutGalo
- Polêmica do VAR: Entenda a Revisão em Dudu (Atlético-MG) Apesar do Impedimento
Polêmica do VAR: Entenda a Revisão em Dudu (Atlético-MG) Apesar do Impedimento
Por Redação FutGalo em 30/11/2025 20:12
O embate entre Fortaleza e Atlético-MG, palco de uma intensa disputa, foi marcado por uma intervenção arbitral que suscitou questionamentos e debates. O protagonismo, neste caso, recaiu sobre o árbitro de campo, Davi Lacerda, e o responsável pelo VAR, Heber Roberto Lopes, diante de uma jogada que demandou escrutínio minucioso.
A controvérsia girou em torno de um possível pênalti envolvendo o atacante Dudu, do Atlético-MG. Inicialmente, o jogador foi advertido com um cartão amarelo por simulação. Contudo, o lance foi encaminhado para revisão no VAR, um procedimento que gerou estranhamento, visto que a jogada já havia sido invalidada por impedimento na origem.
A Sequência dos Fatos: Do Impedimento à Simulação
A jogada crucial se desenrolou aos 22 minutos da etapa inicial. Dudu, com a posse da bola pelo flanco esquerdo do ataque, infiltrou-se na área adversária e sofreu um contato. O assistente Douglas Pagung prontamente sinalizou o impedimento do atacante alvinegro, levando Davi Lacerda a aplicar o cartão amarelo a Dudu, sob a alegação de simulação.
Mesmo com a clara indicação de impedimento na origem da ação, Heber Roberto Lopes, o operador do VAR, acionou Davi Lacerda para uma revisão no monitor. O árbitro principal dirigiu-se à tela ciente da infração de impedimento que invalidava a jogada. Após analisar as imagens, ele concluiu que houve, de fato, um toque no atleta do Atlético-MG e que, portanto, seria um pênalti legítimo, caso a posição irregular não existisse. Em consequência, o cartão amarelo aplicado a Dudu foi retirado.
O Protocolo do VAR: Entenda a Decisão
Para desvendar os meandros dessa decisão, Paulo César de Oliveira, renomado consultor de arbitragem do Grupo Globo, ofereceu uma perspectiva esclarecedora. Segundo Oliveira, a ida de Davi Lacerda ao monitor do VAR para reavaliar o possível pênalti ocorreu mesmo com o impedimento já confirmado na origem do lance.
- O VAR não chamou para tirar o amarelo. Ele entendeu que houve o pênalti, mas houve impedimento na origem. Neste lance, o VAR aciona o árbitro para mostrar o lance que ele perdeu e já vai ao monitor ciente que houve impedimento primeiro. O procedimento seria o mesmo se não tivesse o amarelo. O protocolo permite esse tipo de procedimento.
A explicação de Oliveira elucida que a intervenção do VAR não teve como objetivo principal a anulação do cartão amarelo, mas sim a avaliação da ocorrência de um pênalti. A despeito do impedimento, o protocolo permite que o árbitro de vídeo chame o juiz de campo para analisar um incidente que ele possa ter perdido, especialmente quando há uma infração passível de cartão, como a simulação.
Ainda de acordo com informações reportadas pela jornalista Giovanna Pires durante a transmissão, um representante da CBF presente no local confirmou que o árbitro explicou aos treinadores das duas equipes o motivo de sua ida ao monitor para revisar a jogada do possível pênalti. Essa transparência, ainda que póstuma, buscou mitigar as dúvidas geradas pela complexidade do lance e pela aplicação do protocolo.
Curtiu esse post?
Participe e suba no rank de membros