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Lyanco do Atlético-MG Abre o Jogo Sobre Discussão na Final da Sula: O Que Realmente Aconteceu?
Por Redação FutGalo em 24/11/2025 18:01
Em um tom de desabafo e crítica, o zagueiro Lyanco, do Atlético Mineiro, abordou publicamente a postura de parte da torcida alvinegra, estendendo seu apoio ao atacante Biel. O defensor expressou profunda insatisfação com as severas cobranças direcionadas ao colega de equipe, que enfrentou um julgamento implacável após perder oportunidades claras e falhar na conversão de sua penalidade máxima.
"Agora, no meio do jogo, você tá torcendo ou o que? No meio do jogo, torce irmão, ficar falando besteira? Fica quieto. Aí, depois, quer reclamar e fica fazendo isso como uma reação nossa ao grupo de um cara que não queria perder pênalti, perder gol. Você acha que ele não queria ser herói do clube?"
A manifestação do jogador, divulgada em suas plataformas digitais, transcende a defesa de Biel, mergulhando na própria experiência de Lyanco durante a acalorada disputa de pênaltis contra o Lanús, na final da Copa Sul-Americana, realizada no último sábado (22), no Paraguai. O atleta revelou que sua reação enérgica foi uma resposta direta a uma enxurrada de ofensas proferidas por atleticanos posicionados atrás do gol no momento das cobranças.
Lyanco Quebra o Silêncio: A Versão do Zagueiro Sobre o Confronto
Em sua declaração, o zagueiro foi taxativo ao refutar as acusações de desrespeito. Ele enfatizou que sua dedicação ao clube e à torcida é inquestionável, apontando para um histórico de confrontos internos em defesa dos interesses coletivos. O jogador expressou sua frustração com a percepção distorcida de seu comportamento, afirmando que a paixão pelo Atlético é intrínseca à sua vida pessoal.
"Falaram um monte de merda, que ninguém sabe de nada. Nunca deixei faltar nada de respeito. Faço isso e provo isso. Vocês sabem o quanto já briguei por vocês, o quanto fui contra pessoas do nosso clube. Hoje estou ouvindo falar que não respeito o torcedor e o clube. Nunca deixei de respeitar o torcedor e o clube. Levo isso para a minha casa. Vocês não sabem a forma que vivo o clube. Agora ficar bravo que xinguei como foi falado para a gente. Aí a gente fala, reage, a gente é um merda, não vale, tem que meter o fora do clube. Tem que valorizar o clube. Nunca deixei de mostrar, de agir, como alguém que ama o clube."
Lyanco esclareceu um ponto crucial sobre a presença dos atletas não relacionados no setor da arquibancada, próximo a familiares e outros torcedores. Ele reiterou que a localização do grupo foi uma imposição da Conmebol, descartando qualquer intenção deliberada de se misturar à massa torcedora em um momento tão delicado.
Conmebol e a Tensão do Momento Decisivo: Por Que os Jogadores Estavam Ali?
O zagueiro fez questão de frisar que o incidente não possuía "lado inocente", admitindo que houve exageros por parte de todos os envolvidos. Contudo, ele enfatizou que sua atitude foi uma resposta, e não uma provocação inicial.
"A gente tava ali a pedido da Conmebol. Foram eles que decidiram onde os jogadores não relacionados iriam ficar. Por isso, a gente ficou na arquibancada, próximo de família e torcedores. Em momento nenhum, xinguei mãe de ninguém. Não tem nenhum santinho aqui. Vou lá no meu insta dizer que estão xingando a minha mãe? Foi uma reação minha, não foi uma ação. Eu reagi a aquilo que foi falado. Não teria feito nada se ninguém tivesse feito alguma coisa."
Lyanco contextualizou o desentendimento no ápice da tensão da final, durante as cobranças de pênaltis. Ele sublinhou que a pressão inerente à decisão exacerbou os ânimos de todos os presentes, criando um ambiente de irritação propício ao conflito. A emoção, segundo ele, não é exclusividade dos torcedores.
A Emoção à Flor da Pele: Jogadores Também Sentem a Pressão da Torcida
O atleta fez um apelo à compreensão, lembrando que os jogadores, assim como os torcedores, são seres humanos sujeitos a nervosismo, raiva e exaltação. A cobrança, tanto externa quanto interna, é constante, e naquele momento, ele e seus colegas se viam na condição de torcedores, imersos no frenesi da decisão. O zagueiro diferenciou o xingamento ocorrido durante os pênaltis, quando a disputa ainda estava em aberto, de uma eventual manifestação pós-jogo.
"Então, vocês tem que saber que, assim como vocês, que ficam nervosos, xingam, ficam bravos, a gente também, cara. A gente é cobrado, se cobra individualmente, como grupo. A gente tava como torcedor, na arquibancada, entendendo o calor do momento. O xingamento foi durante os pênaltis, não foi depois do jogo. O jogador do Lanús, ele tava xingando. A gente tava vivo ainda (na disputa de pênaltis). Acabou o jogo, faz o que você quiser. A gente vai para o vestiário, vamos querer fugir dessa parada."
A fala de Lyanco serve como um contundente lembrete da linha tênue entre a paixão fervorosa da torcida e a conduta que, por vezes, ultrapassa os limites do respeito mútuo. O jogador, ao se expor, buscou não apenas justificar sua reação, mas também reafirmar um amor pelo Atlético que, segundo ele, nunca foi questionado por suas ações, apenas pela interpretação delas.
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