Libertadores do Galo: Caminho Intrincado e Últimos Jogos Decisivos

A jornada do Atlético Mineiro em busca de uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores da América transformou-se em um intrincado labirinto de possibilidades, onde o destino do clube mineiro está intrinsecamente atrelado a performances de terceiros e a uma sequência impecável nas derradeiras rodadas do Campeonato Brasileiro.

Recentemente, o Alvinegro tropeçou em seus próprios domínios, a Arena MRV, ao empatar por 1 a 1 com o Flamengo, em um confronto válido pela 35ª rodada do certame nacional. O gol atleticano foi assinalado por Bernard, enquanto Bruno Henrique garantiu a igualdade para os visitantes. Este resultado, longe de ser o ideal, solidificou a equipe na 12ª posição da tabela, acumulando 45 pontos.

A distância para o Fluminense, atual sétimo colocado com 55 pontos, é de dez pontos, tornando-o um adversário inalcançável. Já em relação ao São Paulo, que ocupa a oitava posição com 48 pontos, a diferença é de três, uma margem que ainda oferece alguma esperança, mas exige um desempenho quase perfeito do Galo.

O Cenário para a Classificação: A Necessidade de um G-8 Ampliado

Diante da atual conjuntura, o Atlético Mineiro precisa de uma "mãozinha" do rival Cruzeiro, ou até mesmo do Fluminense, para nutrir suas ambições de disputar o principal torneio continental. Com a derrota na final da Copa Sul-Americana, a única via de acesso para o Galo à Libertadores é, agora, através do Campeonato Brasileiro, desde que a zona de classificação seja estendida para abranger até o oitavo colocado.

Essa ampliação do G-8 se concretiza caso Cruzeiro ou Fluminense sagrem-se campeões da Copa do Brasil. Como ambos já se encontram em posições que garantem, por ora, a classificação para a Libertadores ? o Cruzeiro em 3º e o Fluminense em 7º ?, um título de qualquer um deles abriria uma oitava vaga no Brasileirão, criando o cenário ideal para as pretensões atleticanas.

Paralelamente a essa torcida por resultados externos, a equipe comandada por Jorge Sampaoli tem uma tarefa hercúlea: vencer seus três compromissos finais. Estes embates são contra o Fortaleza (fora de casa, neste domingo, 30), e posteriormente contra Palmeiras e Vasco (ambos na Arena MRV, nos dias 3 e 7 de dezembro, respectivamente).

A Batalha Final: Confrontos Decisivos e Concorrentes Diretos

A corrida por essa cobiçada vaga na Libertadores não é exclusiva do Atlético. Outras equipes também permanecem firmes na disputa. O Galo está a três pontos do São Paulo, o atual oitavo colocado, e mantém um olhar atento sobre Corinthians, Grêmio e Red Bull Bragantino, que figuram como concorrentes diretos. Todos esses clubes compartilham a mesma dependência da formação de um G-8 para manterem-se vivos na briga por um lugar na competição continental.

A definição dessa vaga, contudo, só deverá ser selada após o encerramento do Campeonato Brasileiro. Isso se deve ao fato de que as semifinais da Copa do Brasil estão programadas para ocorrer depois do término do campeonato nacional. Os confrontos decisivos da Copa do Brasil, que incluem Cruzeiro contra Corinthians e Fluminense contra Vasco, estão agendados para as semanas dos dias 10 e 14 de dezembro.

Para contextualizar a situação do Galo, apresentamos a tabela de pontos dos clubes relevantes na briga pela Libertadores:

Um Balanço da Temporada: Entre Glórias Locais e Frustrações Nacionais

O ano do Atlético Mineiro começou com a celebração do hexacampeonato mineiro, um feito que trouxe alegria à torcida. No entanto, em âmbito nacional e internacional, a temporada foi marcada por decepções. Além do vice-campeonato na Copa Sul-Americana, o clube foi eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil, após duas derrotas para o arquirrival Cruzeiro, e a campanha no Brasileirão tem sido, até o momento, bastante mediana.

A complexidade do cenário atual reflete um ano de altos e baixos, onde a esperança de uma vaga na Libertadores se apoia em uma combinação de vitórias próprias e resultados favoráveis de terceiros, transformando as rodadas finais em um verdadeiro teste de resiliência e fé para a Massa Atleticana.