Iván Román Volante? Análise Revela Urgência no Atlético-MG

Diante dos desafios de formação do elenco atleticano, especialmente no setor de meio-campo, o técnico Cuca se vê obrigado a considerar soluções criativas. Com a ausência de jogadores-chave como Rubens, Fausto Vera e Patrick, a manutenção do esquema tático para o confronto contra o Atlético Bucaramanga, pela Copa Sul-Americana, exige adaptações. Uma das alternativas em avaliação nos treinamentos é a transição de Iván Román, zagueiro de origem, para a função de primeiro volante.

Essa movimentação tática sublinha uma lacuna significativa no plantel alvinegro, conforme apontado por Henrique Fernandes, comentarista do Grupo Globo. A improvisação de um defensor na linha de meio-campo não apenas reflete uma carência pontual, mas também expõe uma fragilidade estrutural que o clube enfrenta.

A Carência Estrutural no Meio-Campo Alvinegro

Segundo a análise de Fernandes, a situação atual do Atlético-MG no setor de meio-campo é de uma "Necessidade!". Ele complementa que, em sua percepção, "Cuca enxerga como uma lacuna importante do elenco , e eu também acho, que é onde o Atlético precisa de mais reforços." A realidade financeira do clube, no entanto, limita a capacidade de buscar novas contratações, direcionando o foco para o aproveitamento interno do elenco . Nesse cenário, o treinador explora as características dos atletas disponíveis para adaptar funções.

A juventude de Román é vista como um fator que pode facilitar essa transição para uma nova posição. "O Román é um jogador muito jovem, isso pode favorecer essa adaptação a uma nova função, muitas vezes, jogadores mais jovem se colocam mais aberto", observa o comentarista. Essa flexibilidade inerente a atletas em início de carreira pode ser um trunfo na busca por soluções imediatas.

Foto: ( Pedro Souza / Atlético-MG)

Iván Román: O Perfil Inesperado para a Volância?

As qualidades técnicas de Iván Román são consideradas favoráveis para uma eventual mudança para a volância. Henrique Fernandes destaca atributos que o chileno já demonstrou em sua carreira. "Eu vejo características muito boas no jogo do Ivan Román para ser um bom volante. Ele tem um bom porte, 1,83m, para zagueiro não é tão alto, mas é uma boa estatura para volante", pontua.

O comentarista ressalta ainda a habilidade técnica do jogador com a bola nos pés. "Eu acho que o grande diferencial dele como zagueiro é a parte técnica, bom passe, bom domínio, bom controle de bola. A gente já pode ver em alguns jogos dele, inclusive no Palestino era o que mais chamava atenção quando jogava no Chile." A capacidade de Román com a bola e seu entendimento do jogo podem ser ativos valiosos na nova função.

Ele tem um bom pacote para ser um volante, se vai conseguir tudo que a posição demanda, movimentações de frente, questões de posicionamento, vai depender do trabalho do Cuca, de tempo para treinar e da aplicação nos jogos quando for a hora

Desfalques Cruciais e a Urgência por Soluções

A conjuntura atual do Atlético-MG é complexa devido à indisponibilidade de importantes peças no meio-campo. Rubens está afastado, em meio a negociações com uma equipe russa, o que o deixou de fora da última viagem. Fausto Vera, embora participe dos treinamentos, não está nos planos do técnico e sua negociação é esperada, apesar da ausência de propostas concretas até o momento. Patrick , por sua vez, está sob os cuidados do departamento médico, recuperando-se de uma lesão.

A soma dessas ausências evidencia a escassez de opções para Cuca no setor. A análise final de Henrique Fernandes reforça a urgência de uma ação no mercado de transferências. "Toda essa situação escancara a necessidade de ir ao mercado para buscar um volante. Fausto Vera fora dos planos, Patrick com lesão que vai deixar fora por um tempo. São poucos jogadores à disposição do Cuca. Ele tem que procurar no mercado se o Atlético ainda tiver disposição e orçamento", conclui o comentarista, sublinhando que a efetivação de uma contratação dependerá diretamente da capacidade financeira do clube.