Hulk Responde Críticas Após Classificação do Atlético-MG: "Não Tira Minha Paz"

A recente vitória do Atlético-MG sobre o Bolívar, por um placar mínimo de 1 a 0, com um gol tardio de Bernard na Arena MRV, garantiu a classificação do clube na Sul-Americana. Contudo, a apertada conquista não mascara o momento de instabilidade que a equipe atravessa, levantando questões sobre o desempenho geral sob a batuta de Jorge Sampaoli.

O time alvinegro tem exibido uma notável queda de rendimento em seus domínios, um contraste evidente se comparado à performance na temporada anterior. Em meio a este cenário de menor brilho coletivo, o atacante Hulk, figura central e capitão da equipe, tem se visto no epicentro das discussões, não apenas por sua influência em campo, mas também por um período de jejum de gols.

A partida contra o Bolívar, inclusive, foi marcada por um lance polêmico envolvendo o camisa 7, que expressou veementemente sua insatisfação com um pênalti não assinalado. Essa reclamação somou-se a um histórico recente de nove jogos sem balançar as redes, colocando o jogador em uma posição de vulnerabilidade diante da exigente torcida e da imprensa esportiva.

A Fase Delicada de Hulk e o Olhar Crítico

Diante da crescente pressão e da performance aquém do esperado, o atleta, já aos 39 anos, foi interpelado sobre seu futuro no clube. Em sua manifestação, Hulk reiterou sua satisfação em vestir a camisa do Galo e seu desejo de honrar o compromisso contratual até dezembro de 2026.

Ele ponderou, no entanto, que o futebol é dinâmico e que eventuais mudanças seriam fruto de um diálogo:

Eu tenho mais um ano de contrato, eu respeito muito o Galo. Prioridade é ficar, mas se não tiver que ficar, vai ser uma conversa. Vamos ver, vamos esperar.

Em um tom reflexivo, o atacante abordou a natureza das críticas, um elemento inerente ao universo esportivo. Hulk destacou que a facilidade em julgar é uma característica humana, mas que, para ele, não representa um fator de desestabilização.

A Resposta Implacável de um Ídolo sob Pressão

Sua perspectiva sobre o assunto é clara:

A maior virtude do ser humano é apontar o dedo, é criticar. Isso aí é uma coisa que eu levo para a minha vida, não só para o meu profissional. Criticar é a coisa mais fácil do mundo. É uma coisa que não tira minha paz. Eu não me apego nesses números, nesses recordes. Não me apego nas críticas. Quando eu faço gol, eu não sou o melhor do mundo, eu não sou o melhor jogador que tem aqui. Quando eu perco gol, tampouco sou o pior.

O que lhe confere serenidade, segundo o próprio, é a convicção de seu esforço e dedicação, independentemente dos resultados imediatos:

O mais importante é ter a consciência tranquila, que mesmo jogando às vezes mal, mesmo não correspondendo à expectativa, eu tento dar o meu melhor. É isso que me tranquiliza.

A postura de Hulk , portanto, revela um atleta consciente de seu momento, mas inabalável em sua convicção pessoal e profissional, buscando a superação em um período desafiador para o Atlético-MG.