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Galo Frustrado: Empate Inesperado Contra Fortaleza na Arena MRV
Por Redação FutGalo em 12/11/2025 22:51
A Arena MRV testemunhou uma noite de frustração para o Atlético Mineiro, que viu uma vitória praticamente garantida escapar de suas mãos em um confronto direto. O inesperado empate, cedido nos instantes finais, minou a atmosfera de confiança que o clube vinha cultivando com sua torcida após uma sequência de resultados positivos. O desempenho do Galo, inicialmente dominante, revelou uma preocupante falta de consistência e organização defensiva na etapa complementar.
O protagonista dessa reviravolta foi Deyverson, um atacante que, apesar de uma temporada aquém das expectativas no Fortaleza e de ter acumulado mais polêmicas do que feitos notáveis, encontrou na noite de quarta-feira o palco para uma redenção. Seu oportunismo foi crucial para que o Tricolor do Pici, que parecia fadado à derrota, conseguisse um ponto valioso, reacendendo as esperanças de sua equipe.
Formações Iniciais: Desfalques e Apostas Táticas
Para o embate atrasado da 16ª rodada do Brasileirão 2025, ambas as equipes apresentaram desfalques importantes e escolhas táticas que moldariam o desenvolvimento da partida:
| Atlético Mineiro (Jorge Sampaoli) | Fortaleza (Martin Palermo) |
|---|---|
| Ausências: Junior Alonso, Alan Franco, Iván Román (convocados) | Ausências: João Ricardo, Britez, Adam Bareiro |
| Defesa: Retorno de Ruan; Ruan, Lucas Gazal | Defesa: Lucas Gazal na zaga |
| Meio-campo: Alexsander titular | Meio-campo: Herrera de volta, Pochettino no banco, Lucas Crispim mantido |
| Ataque: Rony, Hulk, Dudu iniciaram | Ataque: Deyverson titular |
| Banco: Gustavo Scarpa | Alteração de última hora: Diogo Barbosa substituiu Bruno Pacheco (lesionado no aquecimento) |
Primeiro Tempo: O Domínio Imponente do Galo
O Fortaleza iniciou a partida com uma postura ofensiva, buscando uma vitória que o equiparasse em pontuação ao Santos. Essa agressividade inicial, contudo, abriu espaços cruciais para o Atlético, que soube explorá-los com maestria. Aos sete minutos, uma rápida triangulação resultou no gol de Hulk, após assistência de Rony. A defesa do Fortaleza, com Diogo Barbosa cedendo espaço e Lucas Gazal sendo facilmente antecipado, além do posicionamento falho do goleiro Brenno, permitiu um gol que se mostraria decisivo para o tom do primeiro tempo.
Apesar da intenção de controlar a posse de bola, o Fortaleza não conseguiu transformar essa ambição em jogadas envolventes. Tentativas de liberar os laterais e aproximar os atacantes Breno Lopes e Herrera de Crispim e Deyverson foram neutralizadas pela intensidade e organização defensiva do Galo. A partida se desenrolava em constantes transições rápidas, favorecendo o time da casa.
No meio-campo atleticano, Alexsander e Igor Gomes se destacavam pela fluidez na distribuição de passes, além de se infiltrarem na área adversária. Alexsander, em particular, quase ampliou o placar em uma boa troca de passes com Dudu, que operava pela esquerda, enquanto Rony ocupava a direita. A movimentação de Guilherme Arana e Bernard, que se projetavam nas brechas defensivas do Fortaleza, também adicionava profundidade e perigo às investidas do Galo.
A superioridade mineira se estendia à marcação, com pressões eficazes que forçavam erros do adversário. O Fortaleza, sem alternativas, recorreu a ligações diretas ineficazes. Embora Guilherme Arana e Dudu não tivessem sua influência habitual, ambos contribuíram para o volume ofensivo. Após defesas de Brenno em lances de Arana e Bernard , Victor Hugo, em uma cabeçada precisa no ângulo esquerdo, ampliou o marcador, culminando de uma cobrança de escanteio primorosa de Bernard .
Primeiros Sinais de Fragilidade e a Reação Tricolor
Os únicos momentos de perigo criados pelo Fortaleza no final do primeiro tempo vieram de escanteios. Em uma dessas jogadas, Everson saiu mal, permitindo um susto de Deyverson , embora o goleiro tenha se redimido com uma defesa crucial em cabeçada de Gastón Ávilla logo em seguida. Contudo, a inconstância de Everson persistiria, manifestando-se de forma decisiva no início da segunda etapa.
Mal o segundo tempo começou, a fragilidade defensiva do Galo se manifestou. Em um rebote de escanteio, Mancuso lançou para a área, Lucas Gazal desviou e Everson , novamente hesitante, foi antecipado por Deyverson , que balançou as redes. A visível diminuição da concentração do Atlético após o intervalo foi um fator determinante, e Breno Lopes quase empatou logo em seguida, evidenciando a mudança de panorama.
Com a confiança renovada, o Fortaleza intensificou sua marcação. O Atlético tentou reagir com passes longos de Everson para Hulk , que, apesar de vencer a maioria dos duelos aéreos e acionar Rony ou Dudu, não conseguia restabelecer o domínio. Ainda assim, o Galo teve momentos de crescimento, com Bernard e Victor Hugo criando novas chances de perigo, buscando retomar o controle da partida.
A persistência atleticana na pressão à saída de bola do Fortaleza rendeu frutos. Aos 15 minutos, Bernard forçou um erro de Gastón Ávilla. Rony , em uma performance notável, tentou servir Hulk , mas o corte de Ávilla acabou deixando Dudu em posição privilegiada para finalizar. O camisa 92 não hesitou, ampliando o placar para 3 a 1. Contudo, quando o jogo parecia encaminhado, o Leão do Pici demonstrou resiliência. Um contato de Ruan no rosto de Ávilla dentro da área, após revisão do VAR, resultou em pênalti, novamente convertido por Deyverson .
Substituições e a Perda do Controle Alvinegro
As alterações táticas começaram a se desenhar na metade da segunda etapa. Sampaoli optou por Gustavo Scarpa no lugar de Rony . Palermo, por sua vez, buscou reanimar o ataque, substituindo Herrera e Crispim por Allanzinho e Moisés, configurando um esquema com quatro atacantes. O Atlético respondeu com a entrada de Fausto Vera, substituindo Alexsander, visando maior controle no meio-campo.
As mexidas continuaram, com Palermo desfazendo a linha ofensiva ao introduzir Guzman no lugar de Breno Lopes, além de Rossetto e a saída de Pierre. Sampaoli, nos últimos cinco minutos regulamentares, realizou suas derradeiras substituições, buscando reforçar a recomposição defensiva. Natanael, Gabriel Menino e Reinier entraram nos lugares de Bernard , Rony e Hulk , respectivamente, numa tentativa de segurar o resultado.
Contudo, a vantagem mínima não se traduziu em segurança. Embora o Atlético mantivesse a posse de bola, a capacidade de marcação para conter o avanço do Fortaleza se dissipou. A entrada de jogadores como Gabriel Menino , Gustavo Scarpa e Fausto Vera demonstrou uma notável dispersão sem a bola, enquanto Igor Gomes acumulava erros. Essa falha coletiva permitiu que a persistência do time nordestino fosse recompensada aos 47 minutos. Em uma jogada bem elaborada pela direita, Eros Mancuso desviou um cruzamento de Guzman, e Deyverson , mais uma vez, apareceu para selar o empate, um resultado que, para o Fortaleza, significou a redução da distância para a zona de rebaixamento, mas para o Galo, uma amarga sensação de oportunidade perdida.
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