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Cuca Revela Desafios Físicos do Galo e Estratégia de Rodízio Pós-Virada na Sula
Por Redação FutGalo em 14/08/2025 23:01
Após um embate tenso pela Conmebol Sul-Americana, onde o Atlético-MG superou o Godoy Cruz com uma virada, o técnico Cuca se pronunciou sobre a resiliência demonstrada pelo elenco alvinegro. Contudo, o foco de sua análise rapidamente se voltou para uma preocupação recorrente: o elevado desgaste físico dos atletas, uma consequência direta da incessante sequência de confrontos decisivos.
A capacidade de reverter um placar adverso foi, segundo o próprio comandante, um fator crucial para o desfecho positivo. Cuca salientou a simbiose entre o campo e a arquibancada, um elemento vital na construção da vitória.
- Eu acho que esse espírito foi fundamental, passou para a arquibancada e nós fizemos essa virada, que nos dá uma pequena vantagem para o jogo de volta.
O Impacto Físico da Virada e o Desafio do Calendário
Na avaliação da partida, Cuca detalhou o custo da virada. A necessidade de correr atrás do resultado impôs uma carga física extrema aos jogadores do Atlético. O treinador, embora não especificasse nomes, indicou que alguns atletas lidam com pequenas lesões, reflexo inegável da alta intensidade.
- Jogo desgastante demais, os jogadores saem muito cansados, alguns até com pequenas lesões e vamos avaliá-los aí da melhor forma para a sequência. O time em algum momento apresenta um sinal de cansaço, porque é natural.
Cuca sublinhou que o Atlético tem enfrentado uma maratona de decisões em um curto espaço de tempo. Em um período de apenas um mês, o Galo disputou dez partidas, cada uma com peso de final. Esta dinâmica, segundo o técnico, impede a manutenção de um grupo fixo de onze titulares, exigindo uma gestão de elenco mais ampla e estratégica para evitar baixas por lesão.
Estratégia de Rotação: A Necessidade de um Elenco Profundo
A constante demanda por alta performance, com intervalos mínimos entre os jogos, força uma abordagem diferente na escalação. O conceito de "time titular" torna-se obsoleto diante da realidade física do futebol moderno, especialmente para equipes que competem em múltiplas frentes.
Você não consegue ter um time titular, não dá, porque o desgaste é tão grande de um jogo para o outro que você tem que ter um 16, 17 jogadores titulares e ir usando eles conforme as necessidades para não estourar todo mundo.
O Atlético se destaca como um dos poucos clubes brasileiros que ainda se mantém em três competições de alto nível: o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e a Sul-Americana. Cuca enfatizou a impossibilidade de negligenciar o campeonato nacional, ao contrário do que acontece com adversários como o Godoy Cruz, que desfrutam de calendários mais flexíveis.
Equilíbrio de Competições e a Prevenção de Lesões
A disparidade de calendários entre ligas sul-americanas foi um ponto de crítica do treinador. Enquanto equipes como o Godoy Cruz podem ter folgas em seus campeonatos domésticos para focar em torneios continentais, o Atlético precisa manter um ritmo intenso em todas as frentes, sem o luxo de priorizar uma competição em detrimento de outra.
- Esses jogos é um país contra o outro, não é um time contra outro. Isso envolve muita coisa. O Godoy Cruz não teve rodada no fim de semana lá para poder chegar descansado aqui. Eles têm essa condição, sei lá por que, mas têm essa condição. Nós não, temos que remar no Brasileiro para não acontecer o que aconteceu no ano passado.
A gestão de lesões musculares é uma prioridade máxima. O caso de Lyanco, que sentiu incômodos no segundo tempo e foi prontamente substituído, exemplifica a cautela da comissão técnica. A intervenção rápida visa preservar os atletas e assegurar que o elenco esteja completo para os desafios futuros.
- Temos perdido pouquíssimos jogadores com lesão muscular, que é o que nos preocupa. Hoje o Lyanco sentiu um pouco a perna pesada e a gente já tirou, para não correr o risco de perdê-lo por mais tempo. Nós fazemos as precauções necessárias aí pra poder ter o elenco todo a mão.
O próximo compromisso do Atlético de Cuca será neste domingo, contra o Grêmio, às 16h (de Brasília), na Arena MRV, pela 20ª rodada do Brasileirão, mais um teste para a resistência e estratégia do Galo.
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