Cuca Explica Derrota do Atlético-MG e Saída de Scarpa: Verdades Reveladas

O Club Atlético Mineiro se viu em uma posição delicada nas quartas de final da Copa do Brasil. Na noite da última quarta-feira, o Galo sofreu um revés por 2 a 0 contra o rival Cruzeiro, em sua própria casa, a Arena MRV, colocando-se em desvantagem na disputa por uma vaga na semifinal da competição nacional. Após o confronto, o técnico Cuca concedeu entrevista coletiva para analisar a performance de sua equipe e, em particular, justificar a substituição de Gustavo Scarpa.

A saída do meio-campista Gustavo Scarpa , que deu lugar a Reinier aos 17 minutos do segundo tempo, gerou questionamentos, especialmente por ter ocorrido pouco antes do segundo gol cruzeirense. Cuca explicou sua decisão com base em necessidades táticas e na avaliação do desempenho do jogador em campo.

"O Scarpa saiu porque nós pusemos um armador que tem mais chegada na área. A gente precisava ter uma companhia mais perto do Hulk, foi assim que vencemos o Bragantino, se não me engano, com a entrada do Reinier. Saiu um armador e entrou um ponta de lança. Não vejo nada de anormal assim. O jogador não estava tão bem na partida. Se estivesse tão bem não tinha saído. É uma coisa muito lógica", declarou o treinador, de forma direta.

Cuca Detalha Escolhas Táticas Pós-Revés no Clássico

Ao abordar o desenvolvimento da partida, Cuca elogiou a postura inicial de sua equipe, apesar da ausência de efetividade. Ele ressaltou a criação de oportunidades na etapa inicial, mas lamentou a falta de precisão nas finalizações, um ponto recorrente.

"Nosso primeiro tempo foi muito bom. Poderíamos ter saído na frente, criamos oportunidades para fazer o gol e pecamos mais uma vez nas finalizações. Um jogo bastante intenso, muito corrido. Tivemos mais posse de bola e finalizações, mas não fomos efetivos. E nesse tipo de jogo, é o que faz a diferença. O Cruzeiro faz um gol atípico numa bola muito despretensiosa. Muda todo jogo, e o contexto vira outro", complementou o comandante alvinegro, destacando o gol do adversário como um divisor de águas.

Este resultado marcou a segunda derrota consecutiva do Atlético-MG em seus domínios. Um levantamento preocupante revela que, desde o retorno da Copa do Mundo de Clubes, o time mineiro conquistou apenas duas vitórias como mandante, um contraste acentuado com o histórico recente do clube. Cuca expressou sua dificuldade em encontrar uma explicação para essa inversão de desempenho.

Foto: ( Fred Magno/ O TEMPO)

O Enigma do Desempenho Doméstico do Galo

A performance aquém do esperado em casa é um ponto de grande preocupação para a comissão técnica e a torcida. O treinador destacou a disparidade entre o presente e o passado recente do clube, que era conhecido por sua força na Arena.

"Em cinco jogos, são quatro derrotas que temos em casa. O que acontecia no passado é o contrário, a gente era praticamente imbatível em casa. Hoje estamos muito atrás nisso. Não tem como explicar o que está acontecendo. Tem que trabalhar para buscar soluções. Mais uma vez tomamos um gol de bola parada, e não é por falta de treinamento", pontuou Cuca, evidenciando a persistência de falhas, como os gols sofridos em jogadas de bola parada.

Apesar dos desafios, o Atlético-MG segue em três frentes importantes: a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-Americana. O próximo compromisso da equipe será neste domingo, contra o Vitória, no Barradão, em Salvador, pela 22ª rodada do Brasileirão, exigindo uma rápida recuperação da equipe.

A Realidade do Atlético-MG e os Desafios à Frente

Cuca não se esquivou de fazer uma análise franca sobre o momento atual do elenco. Ele reconheceu que a equipe não tem entregado o potencial que possui, e que jogadores cruciais estão abaixo do esperado, apesar do empenho nos trabalhos diários.

"Temos que ser realistas. Não estamos jogando o que podemos. Têm jogadores importantíssimos que podem jogar muito mais, e não estamos conseguindo tirar a essência de cada um. Não é por falta de trabalho e dedicação. Simplesmente não está acontecendo", desabafou Cuca, reforçando a necessidade de buscar soluções para reverter o quadro e extrair o melhor de seus atletas.