Atuações Atlético-MG x Maringá: Defesa Falha, Cuello se Destaca na Copa do Brasil

O desfecho da partida entre Atlético-MG e Maringá, válida pela terceira fase da Copa do Brasil, culminou em um empate por 2 a 2. O confronto, disputado fora de casa, expôs fragilidades já conhecidas da equipe mineira, especialmente no setor defensivo, que voltou a ser um ponto de preocupação. Enquanto isso, no ataque, a performance de Cuello se sobressaiu em meio a um conjunto que encontrou dificuldades para criar.

A equipe alvinegra precisou correr atrás do prejuízo por duas vezes ao longo do jogo, evidenciando a falta de solidez para conter o adversário. A incapacidade de manter a vantagem ou até mesmo a igualdade no placar por períodos mais longos reflete problemas táticos e individuais que precisam ser urgentemente endereçados pela comissão técnica.

Fragilidade na Linha Defensiva

A retaguarda atleticana se mostrou particularmente vulnerável no embate. Jogadores escalados para compor o sistema defensivo apresentaram atuações abaixo do esperado, comprometendo a segurança da meta defendida por Everson. A dificuldade em cobrir espaços e a tomada de decisões equivocadas foram notórias, permitindo que o Maringá construísse suas jogadas de ataque com relativa facilidade em determinados momentos.

A estreia de Igor Rabello como titular neste ano foi marcada por um lance infeliz no primeiro gol adversário, onde foi superado com pouca resistência. Apesar de ter se redimido posteriormente ao marcar o gol de empate, sua performance inicial sublinhou a necessidade de maior atenção e leitura de jogo em lances cruciais. Vitor Hugo, em sua segunda aparição no onze inicial, também teve dificuldades, transmitindo pouca confiança e evidenciando problemas no posicionamento defensivo.

Mesmo com a entrada de Rômulo no segundo tempo, a defesa não alcançou a consistência desejada. Junior Alonso, atuando por vezes em uma linha de três zagueiros e adiantando-se como volante com a posse, não conseguiu blindar a área de maneira eficaz em todas as situações.

Desempenho dos Laterais e Meio-Campo

Nas laterais, Natanael teve uma contribuição limitada tanto no apoio quanto na marcação, com erros técnicos pontuais. Rubens, posicionado na esquerda, cometeu um erro na saída de bola que resultou diretamente em um dos gols do Maringá, além de falhar na cobertura defensiva. Caio Paulista, que entrou na etapa final, não teve grande impacto.

No meio-campo, Fausto Vera, como titular, não ofereceu a proteção esperada sem a bola, embora tenha tido oportunidades no ataque que não foram convertidas. Igor Gomes trouxe um pouco mais de dinamismo ao setor e participou da jogada do segundo gol, mas faltou maior foco na recomposição. Gustavo Scarpa foi decisivo na bola parada, com um cruzamento preciso para o empate, mas ficou devendo na ocupação de espaços e na intensidade da marcação em outros momentos.

Cuello: Um Ponto de Luz no Ataque

Se a defesa foi motivo de preocupação, o setor ofensivo teve em Cuello sua figura mais destacada. O atacante foi, sem dúvida, a peça mais produtiva do Atlético-MG, conseguindo movimentar o ataque, vencer duelos individuais e criar lances perigosos. Sua participação foi coroada com a assistência para o segundo gol da equipe, demonstrando sua importância na construção das jogadas.

Hulk, por sua vez, foi bem marcado pela zaga adversária e teve dificuldades para encontrar espaços ao longo dos noventa minutos. Apesar disso, em um momento de liberdade na área, conseguiu balançar as redes e igualar o marcador, mostrando seu instinto artilheiro mesmo quando pouco acionado. Rony sofreu com a intensidade física do jogo, perdendo a maioria dos confrontos diretos. Palacios, acionado na segunda etapa, teve pouca influência no jogo ofensivo.

A performance geral da equipe deixou a desejar, especialmente considerando o nível do confronto pela Copa do Brasil. O empate fora de casa, após estar duas vezes em desvantagem, pode ser visto como um resultado a ser recuperado no jogo de volta, mas as falhas expostas, particularmente na defesa, servem como um alerta sério para o técnico e sua comissão.