Atlético Mineiro: Áudio do VAR Gera Fúria e Presidente Sérgio Coelho Confronta Arbitragem

A reverberação do empate em 3 a 3 entre Atlético Mineiro e Fortaleza, ocorrido na última quarta-feira na Arena MRV, pelo Campeonato Brasileiro, continua a dominar as discussões esportivas. O foco principal recai sobre a controversa atuação do árbitro Sávio Pereira Sampaio. Em meio à polêmica, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, nesta quinta-feira (13), o áudio do VAR referente ao pênalti concedido ao time cearense. Paralelamente, o presidente do Galo, Sérgio Coelho, teceu duras críticas à performance do juiz, intensificando o debate sobre a qualidade da arbitragem no futebol nacional.

Ainda na quinta-feira, o presidente atleticano não hesitou em manifestar seu descontentamento com a condução da partida por Sávio Pereira Sampaio. É relevante notar que Sérgio Coelho já havia expressado ressalvas quanto à escalação deste mesmo árbitro para o confronto contra o Fortaleza. Contudo, o dirigente fez questão de sublinhar que suas críticas à arbitragem não eximiam o próprio elenco de Jorge Sampaoli de suas responsabilidades, apontando para falhas da equipe.

Não estou aqui justificando este resultado ruim falando mal da arbitragem. Vamos separar o joio do trigo. Não jogamos bem no segundo tempo e tomamos gols por falhas nossas. Temos que assumir nossos erros e assumimos. Quanto à arbitragem, aconteceu o que avisei. Isso foi 'tragédia anunciada'. Este árbitro sempre erra contra a gente.

O Debate sobre a Arbitragem e o Áudio do VAR

A controvérsia central do embate se deu aos 20 minutos da etapa final, momento em que o Atlético liderava o placar por 3 a 1. Durante uma investida ofensiva do Fortaleza, o zagueiro Ruan Tressoldi disputou uma bola aérea com Gastón Ávila, resultando na queda do jogador cearense dentro da área. Este lance crucial se tornou o epicentro das discussões.

Diante da situação, o árbitro de vídeo, Wagner Reway, recomendou uma revisão do lance, alegando que Ruan havia atingido o rosto de Gastón com o braço na disputa da bola. Após a análise no monitor à beira do campo, Sávio Pereira Sampaio decidiu assinalar a penalidade máxima, que foi convertida por Deyverson, alterando significativamente o rumo da partida.

No áudio oficial divulgado pela CBF, Wagner Reway justificou sua recomendação, afirmando que Ruan impediu, com o braço, que o adversário Gastón disputasse a bola no alto. Suas palavras detalham a percepção da infração:

Antes da bola chegar, ele (Ruan) faz o movimento com o punho em direção ao rosto do jogador (Gastón). O braço ainda toca no outro braço, mas vai direto em direção ao rosto. Vou recomendar possível penal . Antes da bola chegar no jogador, ele atinge com o punho o rosto do atleta, que não conseguiu disputar a bola.

A análise de Sávio Pereira Sampaio, em comunicação com a cabine do VAR, corroborou a interpretação do árbitro de vídeo, solidificando a decisão do pênalti:

O braço atinge o rosto, tem um movimento da disputa e ele fez um adicional do braço e da mão e acaba atingindo o rosto.

Consequências e o Desempenho do Galo no Campeonato

O empate na Arena MRV fez com que o Atlético Mineiro alcançasse 44 pontos, posicionando-se em nono lugar na tabela do Campeonato Brasileiro. A performance da equipe, combinada com a polêmica arbitragem, gera reflexões sobre o impacto no desempenho e nas aspirações do clube na competição.

O próximo desafio do Galo está agendado para o próximo domingo (16), às 19h (horário de Brasília), quando enfrentará o Red Bull Bragantino fora de casa, em um jogo antecipado da 37ª rodada. A equipe buscará reverter o cenário e consolidar sua posição na tabela.