Atlético-MG: Scarpa comanda, mas erros defensivos frustram na Sul-Americana. Veja as notas!

O Club Atlético Mineiro, em seu primeiro compromisso pelas quartas de final da Conmebol Sul-Americana, enfrentou o Bolívar na desafiadora altitude de La Paz e, apesar de ter estabelecido uma vantagem de dois gols, não conseguiu sustentar o resultado, finalizando o confronto em um empate de 2 a 2. A partida, disputada nesta quarta-feira, mostrou lampejos de um time capaz, mas também expôs vulnerabilidades que impediram um retorno mais tranquilo para Belo Horizonte.

A capacidade de adaptação à atmosfera rarefeita foi testada, e o Galo demonstrou poder de fogo para construir um placar elástico. Contudo, a incapacidade de manter a concentração e a solidez defensiva nos momentos cruciais transformou uma possível vitória em um resultado agridoce, que agora exige atenção redobrada para o jogo de volta.

O Brilho Ofensivo de Scarpa e a Construção do Placar

O meio-campo atleticano encontrou em Gustavo Scarpa seu principal articulador. Com uma performance de alto nível, o jogador demonstrou a qualidade técnica esperada, sendo fundamental na criação das jogadas que culminaram nos gols do Alvinegro. Em uma das raras investidas mais agudas, Scarpa orquestrou a jogada que levou ao primeiro tento, servindo Alexsander, que finalizou com precisão, superando o goleiro adversário.

Não demorou para que a maestria de Scarpa se manifestasse novamente. Em uma cobrança de falta cirúrgica, o camisa 6 encontrou a cabeça de Vitor Hugo, que não hesitou em balançar as redes, marcando seu primeiro gol com a camisa do Atlético e ampliando a vantagem. Essa contribuição elevou a qualidade do setor ofensivo e parecia pavimentar o caminho para um triunfo importante fora de casa.

Vacilos Defensivos e a Perda da Vantagem

Apesar da construção de uma vantagem promissora, a equipe sofreu uma queda de rendimento no segundo tempo, especialmente no setor defensivo. Lyanco, que havia demonstrado segurança na etapa inicial com bons cortes e proteção da área, não conseguiu manter o nível. Sua atuação deixou a desejar no lance do primeiro gol do Bolívar e culminou em um pênalti considerado "infantil" por um braço aberto na área.

Guilherme Arana, que no primeiro tempo cumpriu seu papel taticamente na defesa, pareceu "desligado" no lance que gerou o primeiro gol do adversário, falhando em acompanhar o jogador do Bolívar. Igor Gomes, que entrou na segunda etapa, também cometeu um erro crucial, contribuindo para o segundo pênalti sofrido pelo time, o que permitiu ao Bolívar igualar o marcador e frustrar as expectativas de uma vitória. A tabela a seguir detalha as avaliações individuais:

A Oportunidade Perdida e o Cenário para a Volta

Apesar da boa atuação de alguns atletas, como Scarpa, Alexsander e Rony, a equipe não conseguiu consolidar o resultado. Hulk, que entrou na segunda etapa, teve em seus pés a chance de selar a vitória, mas desperdiçou uma oportunidade "incrível". A incapacidade de converter essa chance em gol, somada às falhas defensivas, transformou o que poderia ser um passo gigante rumo à semifinal em um desafio ainda aberto.

O empate em 2 a 2, embora não seja o ideal, mantém a decisão em aberto para o jogo de volta, a ser disputado em casa. No entanto, a lição de La Paz é clara: a solidez defensiva e a concentração durante os 90 minutos serão cruciais para que o Atlético-MG possa avançar na competição. O resultado acende um alerta sobre a necessidade de correção de erros e reforça a importância de um desempenho impecável no Mineirão.