Atlético-MG: Sampaoli e o Revés Tático Contra o Fortaleza

O Atlético Mineiro sofreu um revés diante do Fortaleza, sendo superado por 1 a 0 na Arena Castelão. O gol de Tomás Pochettino, ainda na primeira etapa, selou o resultado de uma partida atrasada pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro, deixando um sabor amargo para a torcida atleticana e levantando questionamentos sobre a estratégia adotada.

O técnico Jorge Sampaoli surpreendeu ao alinhar o Galo em um ousado esquema 3-5-2, mesmo atuando fora de seus domínios. A formação inicial contava com Everson na meta, uma linha de três defensores composta por Ruan, Vítor Hugo e Júnior Alonso. No setor de meio-campo, Alan Franco e Guilherme Arana foram alocados nas laterais, com Alexander centralizado como volante, ladeado pelos meias Igor Gomes e Bernard. O ataque era formado pela dupla Hulk e Dudu.

Apesar da proposta ofensiva e da intensidade demonstrada nos primeiros 45 minutos, o Atlético encontrou um Fortaleza igualmente determinado, que soube explorar os espaços concedidos. Os cearenses, também com três jogadores na frente, foram mais incisivos, registrando um maior número de finalizações e criando as melhores oportunidades na etapa inicial, evidenciando as fragilidades na retaguarda atleticana.

A Aposta Ofensiva de Sampaoli e o Primeiro Tempo Desafiador

Logo aos seis minutos, Breno Lopes já havia carimbado a trave alvinegra, um claro aviso do perigo que se anunciava. O Atlético, por sua vez, tentava responder em lances esporádicos, chegando a ter um possível pênalti em Dudu anulado por impedimento. Contudo, aos 40 minutos, uma falha na contenção pelo lado direito da defesa atleticana permitiu que os mandantes abrissem o placar com Pochettino. Nos acréscimos, Ruan ainda tentou uma reação, mas parou na intervenção do goleiro Brenno.

Ao retornar para o segundo tempo, Sampaoli optou por manter a mesma formação. O time mineiro passou a ocupar mais o campo de ataque, buscando tabelas e triangulações, mas a construção das jogadas não resultou em efetividade. Paralelamente, o Fortaleza se mostrava cada vez mais perigoso em suas escapadas rápidas, explorando a necessidade do Galo de avançar. Diante da ineficácia, o treinador argentino promoveu mudanças, inserindo Biel (no lugar de um inexpressivo Hulk ), Gustavo Scarpa e Saravia.

As alterações não surtiram o efeito desejado. Na busca incessante pelo empate, o Atlético persistiu nos erros de passes, falhando em ameaçar o gol adversário de forma consistente. A fragilidade defensiva, especialmente na lateral direita, tornou-se ainda mais evidente, com o Fortaleza orquestrando diversos contra-ataques e não ampliando o marcador apenas por preciosismo em suas finalizações. Assim, o Galo de Sampaoli amarga mais uma derrota, frustrando as expectativas de sua torcida.

Foto: (Gilson Lobo/AGIF)

A Inércia Pós-Intervalo e as Mudanças Sem Efeito

A sequência de resultados aquém do esperado pressiona o elenco e a comissão técnica. O Atlético Mineiro terá a chance de buscar a reabilitação já nesta quarta-feira, 3 de dezembro, às 21h30, quando receberá o vice-líder Palmeiras na Arena MRV. Este confronto, atrasado pela 34ª rodada do Brasileirão Betano, evoca a lembrança do primeiro turno, onde os paulistas levaram a melhor por 3 a 2.

Para encerrar a temporada, o Alvinegro terá mais um compromisso em Belo Horizonte, enfrentando o Vasco no próximo domingo, 7 de dezembro, às 16h. O primeiro embate entre as equipes terminou em um empate por 1 a 1, no Rio de Janeiro.

O Peso da Derrota e os Próximos Confrontos Cruciais

Ambos os jogos se apresentam como oportunidades para o Galo encerrar o ano com uma performance mais digna e tentar amenizar o impacto do recente revés.