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Atlético-MG: Relembre o Confronto Decisivo na Arena MRV Contra o Flamengo

Por Redação FutGalo em 06/08/2025 10:11

A Arena MRV, palco de memórias recentes e intensas, prepara-se para sediar mais um embate crucial. Nesta quarta-feira, o Flamengo retorna ao nosso estádio, necessitando de um resultado positivo para avançar às quartas de final de um torneio eliminatório, após ter sido superado no jogo de ida por 1 a 0, no Maracanã. Uma vitória simples dos cariocas levaria a decisão para os pênaltis, enquanto um triunfo por dois ou mais gols de diferença garantiria a classificação direta à equipe visitante. Este cenário nos remete ao confronto anterior, que marcou a final da Copa do Brasil de 2024, onde, apesar da enorme maioria atleticana, o Flamengo saiu vitorioso.

Naquela ocasião, a proporção de torcedores rubro-negros era de cinco mil contra os quarenta mil do Atlético-MG. O desfecho daquele embate, com a conquista do título pelos visitantes, serve como um lembrete vívido da resiliência adversária. Agora, o número de torcedores do Flamengo será ainda menor, com apenas 5% da carga total de ingressos destinada a eles, o que se traduz em aproximadamente 2.500 lugares. Aqueles que testemunharam o evento em novembro de 2024 relatam uma atmosfera de inabalável confiança no setor visitante, marcada por um "apoio incessante" e uma explosão de euforia no instante do gol de Plata, aos 37 minutos do segundo tempo. Essa lembrança positiva é, sem dúvida, um combustível para a noite que se aproxima.

O Último Capítulo na Arena MRV: Uma Retrospectiva

A vantagem construída pelo Flamengo no jogo de ida daquela final, um placar de 3 a 1, contribuiu significativamente para a celebração de seus torcedores, ao mesmo tempo em que intensificou a tensão no lado atleticano. O gol rubro-negro em Belo Horizonte foi o catalisador para o arremesso de objetos de parte da torcida atleticana no campo e a subsequente confusão entre os atletas. Durante a comemoração de Plata, um artefato explodiu nas proximidades do jogador equatoriano e de Gabigol, que se abraçavam em campo. Tais incidentes adicionam camadas de complexidade à rivalidade e à atmosfera dos jogos entre as duas equipes.

Gustavo Angeleas, um jornalista de 31 anos, que esteve presente, descreveu a dinâmica nas arquibancadas:

"A atmosfera na torcida do Flamengo foi de bastante empolgação e confiança. A torcida cantou bastante até nos momentos mais tensos, enquanto do lado do Atlético eu senti bastante tensão, até pela forma como foi o jogo. Não teve um abafa muito grande e, por isso, não tiveram muitos momentos da torcida local 'engolir' a visitante, como muitas vezes acontece.

O momento mais marcante foi o gol do Plata, sem dúvida nenhuma. Teve aquela pressão do Atlético, Flamengo teve algumas chances de contra-ataque e, quando conseguia encaixar, o Everson defendia. No calor do jogo, eu tinha certeza que, se a gente tomasse um gol, ia tudo pro água abaixo. E eu nem consegui ver a hora que a bola entrou, porque a visibilidade era ruim no lugar em que a gente ficou. Só tive a certeza do gol quando vi a reação da galera. Aí já deu para ter a certeza do título, a partir dali foi aquela emoção. Último título do maior ídolo que a minha geração viu (Gabigol), primeiro título como técnico de um outro ídolo gigantesco do clube.

As bombas não prejudicaram a experiência em si, mas serviu para constatar o absurdo de uma torcida que nunca aceitou perder para o Flamengo. O que realmente atrapalhou a experiência foi a atitude minúscula do Atlético e da Arena de colocar repetidamente o hino do time durante a comemoração. Atitude mesquinha de quem não sabe perder, assim como a torcida presente no estádio".

Persistência Visitante e Desafios Logísticos

Leno Lopes, comunicador de 30 anos, compartilhou sua perspectiva sobre o comportamento dos torcedores que se aventuram em jogos fora de casa:

"Como todo jogo grande fora de casa, majoritariamente estava lá quem é muito desajustado da cabeça, muito fanático. Esse fator contribui demais para, na imensa maioria dos grandes jogos fora de casa, se ter uma atmosfera tão intensa ao ponto de lembrar o velho Maracanã. Apoio incessante. O resultado construído em casa só aumentou o tempero. Estávamos muito confiantes, mais do que o de praxe (risos). O momento mais marcante não tem como não ser o histórico gol do Plata e a confirmação do título.

Tiveram problemas antes, durante e depois. Antes, um controle desnecessário na entrada justificado por problema na catraca, com fila só aumentando e alguns momentos de confusão. Durante o jogo, fecharam os bares. Para consumir algo, só esperando o vendedor passar na arquibancada. E, após o jogo, além das bombas e objetos jogados no campo que todo mundo viu na televisão, uma organizada do Atlético tentou invadir o nosso lado, mas não conseguiram.

Fiz questão de estar nesse jogo, porque ser o primeiro campeão no estádio deles seria um título histórico e, de certa maneira, muito engraçado. Ninguém no Brasil odeia mais o Flamengo que o atleticano, nem nossos rivais do Rio. Depois de décadas ouvindo a ladainha sobre os anos 80, como se o Atlético dependesse única e exclusivamente do jogo de 1981 (Libertadores) para ser relevante, testemunhar o primeiro campeão na casa deles e aumentar a lista das razões para nos odiarem foi fantástico.

A gente foi tão ciente de que alguma coisa aconteceria caso confirmássemos o título que, no final, não abalou em nada. Aqui do Rio, quem vai para jogo desse porte geralmente tem uma bagagem extensa, tanto de decisão como visitante como de jogo grande no Maracanã. Esses problemas são chatos, mas não estragam a experiência. Quem pode estragar a experiência é o Flamengo, se perder (risos).

Eu não sei como o atleticano lida com o absurdo que é o Flamengo ter permissão de decidir um mata-mata jogando tanto a ida quanto a volta em casa, mas, já que assim permitiram, novamente a torcida fará a diferença no nosso quintal mineiro e passaremos para as quartas".

O Fanatismo e a Confiança Inabalável

Walace Barão, autônomo de 29 anos, reforça a percepção de um fanatismo acentuado por parte da torcida visitante:

"Como todos os jogos fora de casa, eu converso muito com meus amigos e falo: para comparecer em um jogo como esse, tem que ser muito fanático e maluco da cabeça. Acho que isso que faz o torcedor visitante levar a cantoria, a raça, o amor, o grito, a alma para um jogo como esse. Cantoria do início ao fim. Fomos um pouco confiantes por causa do resultado na ida, e isso só aumentou o calor, a atmosfera sinistra que é jogar contra eles na Arena MRV.

O momento do gol não tem muito o que falar. Quando o Plata fez aquele gol, a torcida aumentou mais ainda o grito, os gestos. Aí esquece.

Tivemos problemas antes do jogo, na hora de entrarmos, porque o sistema do local não funcionava. Durante o jogo fecharam tudo, ninguém podia comprar nada nos bares. E, depois do jogo, muitas bombas, os torcedores adversários quebrando todo o lado deles da arquibancada, uma correria por causa de ameaças deles virem para o nosso lado, a nossa torcida toda tirando as bandeiras para que não ocorresse nenhum tipo de problema.

Eu queria mais do que nunca estar nesse jogo, ser o primeiro campeão no estádio deles. Por ser tão odiado por eles, foi um título histórico. Ninguém odeia mais o Flamengo que o atleticano, isso será um dia histórico para sempre, e que qualquer geração deles irá saber que o Flamengo foi o primeiro campeão lá.

Esses relatos, embora vindos do campo adversário, oferecem uma visão clara da mentalidade e da experiência dos torcedores do Flamengo em nosso território. O desafio para o Atlético-MG, agora, transcende o mero desempenho em campo; envolve também a capacidade de superar a confiança e a persistência de um adversário que, historicamente, nutre uma rivalidade intensa. A Arena MRV, mais uma vez, será o palco onde a história será escrita, e a resposta do Galo a essa atmosfera será determinante.

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Bruno

Bruno

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Comentado em 06/08/2025 14:33 Galera, sabemos que o Flamengo tem estrela, mas aqui na Arena MRV o bicho pega! Nosso time tem pegada e dono da casa não perde não, ainda mais depois da vitória no Maraca. Esse jogo é nosso pra conseguir a vaga, tamo junto na luta!
Leandro

Leandro

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Comentado em 06/08/2025 12:20 Esse gol do Flamengo lá foi sorte, aqui na nossa casa não vai passar, confia Galo!
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