Atlético-MG: Do ápice às beira do rebaixamento

Do topo ao abismo: a queda vertiginosa do Galo

Em um curto período, a equipe atleticana experimentou uma reviravolta drástica em sua trajetória. De protagonista em disputas por títulos de grande valor financeiro, o clube mineiro se viu em uma situação desesperadora, lutando para evitar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

O mês de outubro representou o auge da temporada para o Atlético-MG. Classificado para as finais da Copa do Brasil e da Libertadores, o time vislumbrava uma premiação total de até R$ 280 milhões. A vitória sobre o Vasco na semifinal da Copa do Brasil e a classificação à final da Libertadores, com domínio sobre o River Plate, alimentavam a euforia.

No entanto, a felicidade durou pouco. A partir de novembro, uma sequência de resultados negativos marcou a trajetória atleticana. Sob o comando de Gabriel Milito, a equipe entrou em um ciclo de derrotas, sem conseguir mais nenhuma vitória.

A frustração nas finais e o declínio no Brasileirão

A decepção se abateu sobre o Galo. Além de amargar os vices na Copa do Brasil e na Libertadores, o time mineiro sofreu um colapso no Campeonato Brasileiro. Diante do Flamengo e do Botafogo, o Atlético-MG não conseguiu apresentar o futebol esperado, e o sonho de conquistar ao menos um título se dissipou.

A pressão sobre o técnico Gabriel Milito aumentou consideravelmente. Apesar de ter se mantido no cargo após as derrotas nas finais, sua permanência chegou ao fim após a derrota para o Vasco na 37ª rodada. O time ficou sem comandante para o confronto decisivo, um reflexo da instabilidade que se instalou na equipe.

O desempenho pífio resultou em uma situação crítica na reta final do Brasileirão. Com apenas quatro pontos conquistados nas últimas oito partidas, o Atlético-MG se viu ameaçado pelo rebaixamento, com o fantasma do Z4 pairando sobre o clube.

A luta pela permanência na elite do futebol brasileiro

A última rodada se transformou em uma verdadeira batalha pela sobrevivência. O confronto contra o Athletico-PR, na Arena MRV, definiria o futuro do Galo na Série A. Com 44 pontos, em 14º lugar, o empate garantia a permanência, mas uma derrota poderia levar o time ao rebaixamento, dependendo dos resultados dos jogos entre Fluminense x Palmeiras e Red Bull Bragantino x Criciúma.

Os cenários possíveis eram os seguintes: a permanência seria garantida com uma vitória ou empate diante do Athletico-PR, ou com uma derrota, desde que o Bragantino empatasse ou perdesse e o Fluminense também perdesse. O rebaixamento seria decretado caso o Atlético-MG perdesse para o Athletico-PR, o Bragantino vencesse e o Fluminense vencesse ou empatasse.

A situação do Atlético-MG demonstra a fragilidade do futebol, onde a instabilidade pode levar equipes de grande potencial a situações extremamente complicadas, exigindo uma análise profunda das causas desse abrupto declínio.