Atlético-MG: Pênalti em Rony, Empate Amargo e a Pressão Aumenta no Galo

A noite de terça-feira na Arena MRV trouxe mais frustração para o torcedor atleticano. No confronto com o Juventude, um empate sem gols que deixou um sabor amargo, marcado não apenas pela ausência de balançar as redes, mas por uma controvérsia que ecoou pelos corredores do estádio: um lance capital envolvendo o atacante Rony, ignorado pela arbitragem.

Já nos momentos derradeiros do segundo tempo, quando o placar persistia inalterado, uma cobrança de escanteio executada por Gustavo Scarpa lançou a bola na área adversária. Ali, Rony , o ex-atacante do Palmeiras, se viu enredado em um entrevero com um defensor do time visitante. Apesar da evidente disputa, a jogada foi considerada normal pelo árbitro, que optou por não assinalar a penalidade máxima. O silêncio do VAR, que sequer recomendou uma revisão do lance, intensificou a indignação. O zagueiro Lyanco, em protesto veemente, recebeu um cartão amarelo e protagonizou um acalorado debate com o juiz, evidenciando o descontentamento do elenco.

A análise do experiente Paulo César de Oliveira, comentarista de arbitragem do SporTV, corroborou a decisão de campo, classificando o episódio como ?normal? e sem elementos para um pênalti.

A Insistente Falta de Pontaria do Galo

A equipe comandada por Jorge Sampaoli, embora tenha exercido uma pressão constante sobre o oponente, viu suas investidas serem barradas por uma trave teimosa e pela falta de precisão nas finalizações. Rony , em particular, teve duas oportunidades claras que terminaram no poste, revelando um momento de pouca sorte e eficácia. Sua frustração era palpável ao final do primeiro tempo:

"Estou fazendo o melhor para marcar. Preciso ter tranquilidade. Dei um cabeceio, mas pegou na trave. Faz parte. Continuar guerreando"

O roteiro da segunda etapa não divergiu. O Atlético-MG manteve a intensidade na pressão, mas o relógio avançava implacável enquanto as chances se dissipavam. O ex-jogador do Palmeiras, novamente o protagonista das maiores oportunidades, não conseguiu reverter a situação. A persistente seca de gols que o acompanha nesta temporada foi resumida em uma declaração significativa após o apito final:

"Essa tempestade uma hora tem que acabar"

desabafou o camisa 33.

Cenário Atual e Desafios Iminentes do Atlético Mineiro

Com este resultado de empate, o elenco de Sampaoli agora soma 29 pontos na competição nacional, ocupando a 13ª posição na tabela. A distância para a zona de rebaixamento permanece em seis pontos, um indicativo de que a equipe precisa de uma recuperação urgente para afastar qualquer sombra de preocupação.

O calendário do Galo apresenta uma sequência de confrontos decisivos nas próximas semanas, tanto pelo Campeonato Brasileiro quanto pela Copa Sul-Americana. A necessidade de reverter o cenário atual é premente.

A equipe mineira enfrentará desafios significativos, culminando nas semifinais da Copa Sul-Americana contra o Independiente del Valle, nos dias 21 e 28 de outubro, que podem definir o rumo da temporada.