Atlético-MG: O Ataque Mais Fraco da Era dos Pontos Corridos? Dados Preocupantes Revelados

A atual campanha do Atlético-MG no Campeonato Brasileiro é marcada por uma performance aquém das expectativas, com o time flertando perigosamente com as últimas posições e incapaz de engatar uma sequência vitoriosa. Contudo, o aspecto mais alarmante, e que sublinha as dificuldades enfrentadas pelo Alvinegro, reside nos seus indicadores ofensivos, que se mostram consideravelmente abaixo do patamar desejado por uma equipe de sua envergadura.

De fato, o conjunto atleticano registrou uma estatística desfavorável na Série A, conforme apurado pelo jornal O Tempo. A análise da publicação revela que, até este ponto da temporada, o Atlético-MG ostenta os piores índices ofensivos desde a instauração da era dos pontos corridos em 2003. O estudo compara o desempenho do clube nos primeiros vinte confrontos de cada edição do torneio sob este formato.

O Desempenho Ofensivo Histórico do Galo: Um Comparativo Preocupante

Com vinte tentos anotados ao longo dos vinte embates iniciais no Brasileirão, o coletivo alvinegro superou negativamente seu próprio recorde. Este número é inferior aos 21 gols registrados no mesmo período em 2017, até então a pior marca. A atual performance ofusca até mesmo os registros de temporadas particularmente desafiadoras. Em 2006, ano em que o clube foi rebaixado, o ataque havia balançado as redes 26 vezes nos primeiros 20 jogos. De forma similar, em 2014, ano em que a equipe lutou arduamente para evitar a degola até as últimas rodadas, o número de gols nos primeiros vinte confrontos da Série A era de 28.

Para ilustrar a dimensão dessa queda de rendimento, apresentamos um comparativo dos gols marcados pelo Atlético-MG nos primeiros 20 jogos do Brasileirão na era dos pontos corridos:

Em contraste, o levantamento do periódico destaca que os períodos de maior pujança ofensiva ocorreram em 2020, com 37 gols nos 20 primeiros duelos, e em 2021, ano da conquista do Campeonato Brasileiro, quando a equipe registrou 32 tentos no mesmo recorte. Estes dados realçam a discrepância entre o presente e períodos de sucesso.

O Paradoxo do Elenco Estrelado e a Escassez de Gols

A gravidade desses números é amplificada ao se considerar a qualidade e profundidade do setor ofensivo atleticano. Nomes como Rony, Cuello, Dudu, Biel e Reinier foram incorporados ao elenco ao longo da temporada, somando-se a talentos já estabelecidos como Hulk e Gustavo Scarpa. Contudo, a vasta gama de opções disponíveis não se traduziu na eficácia esperada.

Um exemplo notório dessa ineficiência reside na artilharia da equipe na Série A. Hulk , figura proeminente e habitualmente o principal goleador, contabiliza modestos quatro gols na competição até o momento. Diante de um segundo turno completo e de dois jogos pendentes, a imperiosa necessidade de uma reabilitação ofensiva se impõe como condição fundamental para que o Atlético-MG consiga reverter sua trajetória no Campeonato Brasileiro.