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Atlético-MG: Investimento, Dívidas e o Futuro da SAF do Galo
Por Redação FutGalo em 21/06/2025 11:31
O Clube Atlético Mineiro, uma das instituições mais emblemáticas do futebol brasileiro, encontra-se diante de um complexo panorama financeiro. Com um passivo que já excede a marca de dois bilhões de reais, a gestão da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) alvinegra tem intensificado as negociações com potenciais parceiros estratégicos. O objetivo primordial dessa iniciativa não reside na aquisição de novos talentos para o campo de jogo, mas sim na capitalização necessária para liquidar compromissos financeiros de curto prazo e, assim, afastar o risco de uma desestabilização econômica mais profunda.
O Desafio Financeiro do Atlético-MG e a Necessidade de Capital
Para pavimentar esse caminho de reestruturação, a Galo Holding, entidade que detém a maioria das ações da SAF atleticana (75% do total), sinaliza a abertura para ceder uma parcela de sua participação. Tal movimento visa atrair um novo investidor que possa injetar o montante de capital necessário. Conforme análises de especialistas do mercado financeiro, como o economista César Grafietti, a agremiação necessita de um aporte mínimo de R$ 600 milhões para alcançar a estabilidade contábil imediata e efetivar a redução de custos operacionais.
A Estratégia de Atração de Investidores e a Visão da SAF
Rafael Menin, um dos pilares do grupo de acionistas da SAF, expressou a visão estratégica que norteia essas conversas:
Gostaríamos muito de ter um investidor que preencha todos os pré-requisitos e que possa trazer um capital adicional para, quem sabe, a gente ficar livre dessa parcela, que é a famosa dívida onerosa.
Entre os nomes que circulam no cenário de potenciais parceiros, destaca-se o empresário norte-americano Stan Kroenke. Conhecido por seu vasto portfólio de investimentos em equipes esportivas de elite, incluindo o Arsenal da Inglaterra e outras franquias de relevância nos Estados Unidos, Kroenke figura como um dos candidatos de maior peso para essa injeção de capital. É importante ressaltar que outras alternativas também estão sob análise. A condução dessas tratativas está sob a responsabilidade de Daniel Vorcaro, figura de confiança dos irmãos Menin e um dos atuais integrantes do quadro societário da SAF.
Estrutura Acionária e o Horizonte de Sustentabilidade do Galo
A configuração atual da Sociedade Anônima do Futebol do Galo estabelece que 25% de suas ações permanecem sob o controle do clube associativo. Os 75% restantes são distribuídos entre um grupo de investidores, que inclui os irmãos Menin, Daniel Vorcaro, Ricardo Guimarães e o fundo FIGA. A chegada de um novo acionista, portanto, resultará em uma reconfiguração da divisão percentual, com a diluição proporcional das participações existentes.
Nesse contexto, a prioridade máxima da atual gestão permanece o saneamento financeiro. É crucial que a base de torcedores compreenda que as expectativas por reforços imediatos no elenco devem ser moderadas. Contudo, este movimento estratégico se configura como um pilar essencial para edificar a perenidade e a solidez do clube em um horizonte de médio e longo prazo. Ao fortalecer sua estrutura financeira, o Atlético-MG pavimenta o caminho para, em um futuro próximo, retomar com robustez a disputa por conquistas de grande envergadura.
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