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Atlético-MG: Da Fartura à Cautela – A Virada no Mercado de Transferências do Galo
Por Redação FutGalo em 26/06/2025 04:12
O Atlético Mineiro, na iminente janela de transferências de julho, apresentará uma estratégia de mercado notavelmente distinta daquela adotada no início do ano. Distanciando-se dos expressivos R$ 150 milhões investidos nos primeiros meses de 2025, o clube agora direciona seus esforços para a aquisição de atletas com custos substancialmente reduzidos, privilegiando modalidades como empréstimos ou a contratação de jogadores com vínculos contratuais próximos do fim. Esta reorientação está integralmente alinhada ao orçamento preestabelecido para a temporada corrente.
Essa guinada não é aleatória, mas sim uma resposta direta à intrincada conjuntura financeira que o Alvinegro atualmente enfrenta. A instituição tem lidado com desafios significativos em seu fluxo de caixa, o que se traduziu em atrasos no cumprimento de parcelas relativas à aquisição de jogadores, nos direitos de imagem de parte do elenco, em bonificações contratuais e em frações dos salários dos atletas.
O Paradigma de Gastos Anterior e o Cenário Atual
A filosofia para a janela de julho é cristalina: apenas jogadores que se harmonizem plenamente com a realidade financeira do clube serão considerados, afastando a possibilidade de investimentos vultosos ? ou qualquer tipo de investimento ? na aquisição de novos direitos econômicos. Prevalece o entendimento de que o primeiro período de transferências do ano foi dedicado a uma ampla reestruturação e à formação da espinha dorsal da equipe. Atualmente, a demanda não reside em uma correção de rota drástica, mas sim na realização de ajustes pontuais e na incorporação de peças específicas para otimizar o equilíbrio do grupo.
Este posicionamento estratégico é resultado de um alinhamento completo entre as principais figuras de liderança do Atlético: o CEO Bruno Muzzi, o executivo de futebol Paulo Bracks, e a comissão técnica sob a direção de Cuca, além de toda a cúpula da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A coerência entre essas esferas de decisão sinaliza uma gestão unificada na definição dos rumos do departamento de futebol.
Investimentos Passados: Um Olhar Detalhado nas Contratações
O contraste com o cenário observado na primeira janela, em janeiro, é marcante. Naquele período, o Atlético posicionou-se entre os três clubes brasileiros que mais aplicaram recursos em reforços, totalizando um montante aproximado de R$ 150 milhões. Essa capacidade de investimento foi substancialmente viabilizada pela transação de Paulinho para o Palmeiras, uma negociação que ultrapassou a marca de R$ 100 milhões.
No decorrer daquele período, um total de doze atletas foram integrados ao plantel. Notavelmente, a atuação do executivo Paulo Bracks foi determinante em seis dessas contratações, sublinhando sua influência nas escolhas efetuadas.
Jogador | Custo/Modalidade | Participação Bracks |
---|---|---|
Robert | R$ 3 milhões | Não |
Natanael | R$ 7 milhões | Não |
Cuello | R$ 36 milhões | Não |
Júnior Santos | R$ 48 milhões | Não |
Rony | R$ 38 milhões | Sim |
Caio Paulista | Empréstimo | Sim |
Patrick | Envolvido na venda de Paulinho | Não |
Gabriel Menino | Envolvido na venda de Paulinho | Não |
João Marcelo | R$ 2,7 milhões | Sim |
Ivan Román | R$ 11,4 milhões | Sim |
Vitor Hugo | Empréstimo | Sim |
Dudu | Sem custo | Sim |
As Prioridades do Mercado e a Gestão do Elenco
A posição de primeiro volante desponta como a prioridade máxima do Atlético para esta janela de transferências. A avaliação interna aponta para a necessidade de um jogador com maior vigor físico, que demonstre entrega tática sem a posse da bola, capaz de impor pressão sobre os adversários e de ocupar os espaços do campo de maneira mais eficiente. Este novo profissional chegaria para disputar diretamente uma posição no time titular.
Nesse contexto, o perfil de Fausto Vera apresenta características distintas, sendo um jogador mais focado na posse de bola e na construção de jogadas, com menor intensidade na marcação. A expectativa é de que o meio-campista argentino possa ser negociado, liberando assim uma importante margem na folha salarial do clube.
Apesar das movimentações, o clube não demonstra intenção de reduzir o número total de atletas no elenco . A premissa é clara: caso ocorra a saída de dois jogadores, outros dois serão incorporados, mantendo-se a quantidade de membros no grupo. A diretoria adota uma postura de cautela na prospecção de nomes, mas confirma estar em negociações com alguns atletas, inclusive para posições onde o elenco já é considerado robusto, visando aproveitar potenciais oportunidades que o mercado possa apresentar.
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