Atlético-MG: Cuca Analisa Vitória no Brasileirão e Cobra Melhoria na Finalização

Apesar da vitória crucial do Atlético-MG sobre o Juventude, um aspecto tático crucial persiste como ponto de atenção na análise de Cuca: a capacidade de converter as oportunidades criadas. O treinador não poupou críticas a esse fundamento após o triunfo por 1 a 0, que pôs fim a um longo jejum de resultados positivos fora de casa no Campeonato Brasileiro.

Os números da partida em Caxias do Sul ilustram a questão. O Galo registrou impressionantes 28 finalizações, evidenciando a capacidade da equipe em chegar ao setor ofensivo e construir lances de perigo. No entanto, a dificuldade em transformar esse volume em gols impediu que o placar refletisse a superioridade em campo e transformou um jogo que poderia ser tranquilo em um sofrimento.

A Imperativa Melhora na Finalização

Refletindo sobre o desenrolar do confronto, Cuca pontuou que o resultado poderia ter sido assegurado com maior tranquilidade, não fosse a ineficiência na conclusão:

Poderia ter sido uma vitória mais tranquila, tamanha, as oportunidades que a gente teve, mais uma vez, 25 finalizações, 20 na área. Muita coisa. (...) A gente sabe que fica um jogo perigoso, qualquer momento, em uma bola parada, o adversário tem uma chance, empurra, motiva o torcedor. Foi o que aconteceu. Nos últimos 20 minutos o jogo foi mais sofrido.

Esta ressalva tática feita pelo comandante reforça um desafio recorrente para a equipe, onde a criação de jogadas se mostra consistente, mas a efetividade no último toque deixa a desejar. É um ponto que, na visão do técnico, necessita de aprimoramento urgente para que o time possa capitalizar melhor seu domínio em campo.

O Alívio da Vitória Fora de Casa

Apesar da ressalva tática, o valor da vitória é inegável para o Atlético. O resultado quebrou uma longa sequência sem triunfos como visitante no Brasileiro, que perdurava desde setembro do ano anterior. Mais importante, os três pontos retiraram o time de uma posição incômoda na zona de rebaixamento, aliviando a pressão sobre o elenco e a comissão técnica após uma campanha irregular no início da competição.

Para o comandante alvinegro, a performance geral da equipe, mesmo com desfalques pontuais, merece reconhecimento. Ele destacou a postura do time em campo e a importância do resultado para a sequência do trabalho:

Jogamos bola, jogamos para atacar, para defender, para jogar. Precisávamos sair dessa posição incômoda e jogarmos sem pressão. (...) Temos que enaltecer o grande jogo que a equipe fez, jogando bem e conseguindo essa vitória fora de casa depois de tanto tempo.

Equilíbrio entre Elogios e Ressalvas

A análise de Cuca, portanto, equilibra a valorização do resultado e do esforço da equipe com a pontuação de aspectos técnicos que demandam correção. A vitória contra o Juventude serve como um marco positivo, especialmente pelo contexto de quebra de jejum e saída da zona perigosa da tabela, mas também como um lembrete de que o caminho para um desempenho ideal ainda exige ajustes finos.

O técnico reforçou a necessidade de aprimoramento na conclusão, mesmo ao elogiar a entrega do grupo, que atuou com algumas mudanças:

Criamos oportunidades por um lado. Por outro, a nossa finalização ainda tem que melhorar. (...). A gente tem que valorizar muito e pegar como parâmetro, porque a equipe estava bastante mexida e jogou muito bem. Fiquei muito feliz e muito orgulhoso deles.

Com os três pontos garantidos no Brasileirão, o foco do Atlético-MG se volta agora para a disputa da Copa Sul-Americana. O próximo compromisso é nesta quinta-feira, contra o Deportes Iquique, no Chile, pela quarta rodada da fase de grupos. Pelo campeonato nacional, o Galo retorna a Belo Horizonte para enfrentar o Fluminense no domingo.