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Atlético-MG: Uma Temporada de Altos e Baixos que Termina em Decepção

Por Redação FutGalo em 27/12/2024 04:11

O Frustrante Desfecho de uma Temporada Promissora

O ano de 2024 reservava grandes expectativas para o Atlético-MG, com a equipe alcançando as finais da Libertadores e da Copa do Brasil. Contudo, o desfecho foi amargo, deixando um gosto de decepção e um impacto significativo: a ausência na Conmebol Libertadores de 2025. O que se desenhava como o ponto alto da história do clube, acabou se tornando um ano de frustrações e aprendizados.

A temporada do Atlético pode ser dividida em quatro fases distintas: a era Felipão, a chegada de Milito, o foco nas Copas e a campanha no Campeonato Brasileiro. Cada uma dessas etapas contribuiu para o cenário final, com seus acertos e equívocos. Tudo isso durante a primeira temporada completa da SAF atleticana.

A Era Felipão: Expectativas e Desafios

A diretoria da SAF optou por manter Felipão no comando para 2024, proporcionando a ele a oportunidade de realizar uma pré-temporada completa, influenciar as contratações e planejar o ano do clube. A expectativa era de uma mudança de postura, com um futebol mais ofensivo e menos reativo. No entanto, o desempenho não agradou e as decisões do técnico eram frequentemente questionadas pela torcida. A comunicação de Felipão, que parecia distante das arquibancadas, também gerou desconforto.

Apesar das críticas, o Atlético alcançou a final do Campeonato Mineiro, superando dificuldades na semifinal contra o América-MG. Essa conquista não foi suficiente para manter Felipão no cargo, levando à sua substituição. No total, Felipão comandou o Galo em dez jogos, com cinco vitórias, dois empates e três derrotas.

A Chegada de Gabriel Milito e Seus Impactos

Para substituir Felipão, o Atlético utilizou o CIGA (Centro de Informação do Galo) para identificar um técnico que se encaixasse no estilo de jogo do clube. Gabriel Milito foi o escolhido, assinando contrato por duas temporadas. Seu início foi promissor, com a conquista do Campeonato Mineiro e uma sequência invicta de doze jogos, abrangendo o Mineiro, Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores.

Contudo, o time passou por um período de instabilidade, especialmente durante as Datas FIFA, com desfalques por convocações e lesões. Nesse período, o clube priorizou as Copas, deixando o Brasileiro em segundo plano. Milito deixou o Galo na penúltima rodada, após uma sequência de 12 jogos sem vitórias. Em sua passagem, Milito comandou o Galo em 62 jogos, com 23 vitórias, 20 empates e 19 derrotas.

O Foco nas Copas e as Finais Perdidas

Com o avanço nas Copas do Brasil e Libertadores, o Atlético direcionou seus esforços para as competições mata-mata, buscando um título e encerrando um jejum de 11 anos sem conquistas continentais. Milito implementou um estilo de jogo mais seguro e veloz nos contra-ataques. A estratégia funcionou, levando o Atlético às finais da Copa do Brasil, contra o Flamengo, e da Libertadores, contra o Botafogo.

Apesar do bom desempenho, o clube não conseguiu levantar os troféus. Nas finais, foi superado pelos adversários, sem chances de título. Na Copa do Brasil, perdeu o primeiro jogo por 3 a 1 e o segundo por 1 a 0. Na Libertadores, mesmo com um jogador a mais desde o início da partida, perdeu por 2 a 0, amargando o segundo vice-campeonato na temporada.

O Desempenho no Campeonato Brasileiro e a Consequência da Priorização

O Atlético não conseguiu emplacar uma boa campanha no Campeonato Brasileiro, oscilando durante toda a competição. Ao priorizar as Copas, o time deixou o Brasileiro em segundo plano, o que se mostrou um erro. No segundo turno, a equipe viu a disputa por vaga no G-6 se transformar em risco de rebaixamento.

Nas rodadas finais, o Atlético acumulou nove jogos sem vencer, chegando na última rodada com risco real de cair para a Série B. A vitória sobre o Athletico-PR garantiu a permanência na elite e a vaga na Sul-Americana de 2025. O clube terminou o Brasileirão na 12ª colocação, com 47 pontos.

O ano de 2024 termina com o título do Campeonato Mineiro, mas com a decepção de não ter conquistado nenhum título de grande expressão e a ausência na Libertadores de 2025. Uma temporada que tinha tudo para ser histórica, terminou com um gosto amargo para o torcedor atleticano.

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