Atlético-MG: A Queda Pós-Mundial e o Risco na Série A

A recente derrota por 2 a 0 para o Vitória, ocorrida no último domingo (31), acendeu um sinal de alerta no cenário do Atlético Mineiro. O revés aproximou a equipe alvinegra da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, uma posição que contrasta drasticamente com as aspirações de um clube de sua envergadura. Com 24 pontos e ocupando a 14ª colocação, o Galo se vê a apenas dois pontos de distância do time baiano, que, no momento, abre o temido Z4.

Contudo, a preocupação vai além da classificação atual. Um olhar mais atento sobre o desempenho do Alvinegro revela uma estatística ainda mais alarmante: o clube detém a pior campanha entre todos os 19 demais integrantes da Série A, se considerarmos o período subsequente à participação no Mundial de Clubes. Este recorte temporal expõe uma fragilidade que tem se manifestado de forma contínua e preocupante no gramado.

O Desempenho Pós-Mundial: Um Retrato Sombrio

Desde o retorno do Mundial de Clubes, o Atlético-MG disputou um total de oito partidas pelo Campeonato Brasileiro. O saldo é desolador: foram angariados meros quatro pontos neste período, culminando em um aproveitamento pífio de apenas 16,6%. Tal índice não apenas coloca o Galo na lanterna deste recorte específico, mas também evidencia uma dificuldade persistente em converter o potencial do elenco em resultados consistentes.

A sequência de jogos pós-Mundial tem sido marcada por mais frustrações do que celebrações. A análise individual de cada confronto demonstra a dificuldade enfrentada pela equipe, que parece ter perdido o rumo e a intensidade que se esperava. Abaixo, detalhamos os resultados dessas oito rodadas:

Foto: (Pedro Souza / Atlético)

Os Números que Incomodam: Uma Análise Detalhada

A compilação dos dados gerais deste período pós-Mundial reforça a gravidade da situação. Em oito confrontos, o Atlético-MG registrou apenas uma vitória e um empate, contrastando com seis dolorosas derrotas. A capacidade ofensiva também se mostra comprometida, com apenas sete gols marcados, enquanto a defesa sofreu o dobro, com 14 tentos sofridos.

Este aproveitamento de 16,6% não é apenas um número; ele é um espelho da performance em campo, da falta de regularidade e da ineficácia em momentos cruciais. A tabela a seguir sintetiza os números que tanto preocupam a torcida e a direção do clube:

Diante deste cenário, a equipe técnica e os atletas do Atlético-MG enfrentam o desafio iminente de reverter a trajetória. A proximidade da zona de rebaixamento, somada à pior campanha do campeonato em um período específico, exige uma reflexão profunda e ações imediatas para que o Alvinegro possa se reerguer e retomar o caminho das vitórias na Série A.