Rubens no Dínamo: Bracks detalha negociação difícil e lucro do Atlético-MG

A recente transferência de Rubens, um promissor talento do Atlético Mineiro, para o Dínamo de Moscou, na Rússia, representou um ponto de inflexão nas movimentações do clube. Contudo, essa transação, que culminou na ausência do jovem atleta dos últimos compromissos do Alvinegro, esteve à beira do colapso, conforme revelações do executivo de futebol Paulo Bracks.

As negociações se estenderam por aproximadamente quinze dias, marcados por encontros e reuniões intensas nos bastidores. A complexidade do processo foi tamanha que a diretoria chegou a considerar o encerramento das tratativas em diversos momentos, dada a rigidez das condições inicialmente impostas e a dificuldade em chegar a um consenso.

A proposta oficial do Dínamo chegou ao Atlético no mês anterior à concretização da venda. Em resposta, a gestão atleticana optou por desconvocar Rubens da delegação que viajou à Colômbia para o confronto contra o Bucaramanga, pela Sul-Americana, sinalizando a seriedade das conversas em andamento. O próprio Bracks detalhou a intrincada dinâmica à Globo, destacando a natureza intermitente do processo.

O Imbróglio da Saída de Rubens: Negociação no Limite

Bracks sublinhou a dificuldade inerente à operação, que oscilou entre avanços e recuos significativos, demonstrando a volatilidade do mercado de transferências. A persistência do clube em suas exigências foi um fator determinante para o desfecho.

Foi um pouco mais difícil mesmo a negociação, por vários motivos. Mas a negociação foi e voltou algumas vezes. Em um dado momento, a gente achou que ia precisar sair da mesa, porque as condições estabelecidas não estavam sendo atendidas.

A despeito das adversidades, o Atlético-MG manteve-se irredutível em suas exigências. A postura firme do clube garantiu que os termos pretendidos fossem gradualmente aceitos, culminando na venda oficializada no trigésimo dia do mês, com o Dínamo de Moscou desembolsando uma quantia considerável. A estrutura da transação reflete a visão estratégica da diretoria:

O executivo de futebol reiterou a posição inicial do Galo, que não tinha como objetivo principal a alienação do atleta, mas sim a maximização do valor em caso de uma oferta que atendesse às expectativas da instituição. A negociação, embora arrastada, demonstrou a capacidade do clube em defender seus interesses financeiros.

Não estávamos dispostos a vender ele. A gente fez as exigências, que foram aos poucos sendo atendidas. Fizemos uma negociação dura com eles. Acabou arrastando um pouco mais, mas ele viajou, já se apresentou.

Foto: ( Pedro Souza / Atlético-MG)

Estratégia Financeira do Galo: Lucro e Visão Futura

Enquanto a diretoria se dedicava a essas complexas movimentações de mercado, a equipe principal do Atlético-MG prossegue sua jornada na temporada. Atualmente, o time ocupa a décima posição no Brasileirão Betano, com 27 pontos acumulados em 18 rodadas, buscando a consolidação na parte superior da tabela e a aproximação dos líderes.

Adicionalmente, o Alvinegro detém uma vantagem significativa na Copa do Brasil, após vencer o Flamengo por 1 a 0 no Maracanã, em confronto válido pelas oitavas de final. Essa atuação nos gramados, somada à diligência da cúpula nos bastidores para ajustes no elenco e transações estratégicas como a de Rubens , reflete a busca incessante por evolução e competitividade em todas as frentes, visando o sucesso tanto dentro quanto fora das quatro linhas.