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Futuro de Dudu no Galo Ameaçado? Entenda o Julgamento STJD Contra Leila Pereira
Por Redação FutGalo em 08/07/2025 04:12
O cenário jurídico desportivo paira sobre o atacante Dudu, peça fundamental no elenco do Atlético-MG. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol (STJD) ainda não estabeleceu uma data para a deliberação do processo que envolve o jogador e a presidente do Palmeiras, Leila Pereira. Este julgamento, aguardado com expectativa nos bastidores do futebol, pode acarretar sérias consequências para o atleta e, por extensão, para o planejamento do clube alvinegro.
A controvérsia que levou Dudu ao banco dos réus remonta a um período de intensa turbulência em sua carreira, especificamente a janeiro deste ano, logo após sua saída do Palmeiras. A Procuradoria do Tribunal formalizou uma denúncia contra o atacante por comentários que foram classificados como ofensas misóginas direcionadas à dirigente palmeirense, veiculadas nas plataformas digitais.
A Gênese de um Desentendimento Público: Dudu e Leila Pereira
A tensão entre Dudu e Leila Pereira não surgiu de forma abrupta. O atrito veio à tona após a rescisão contratual do atacante com o Palmeiras, ocorrida no final de 2024 (conforme o texto original, embora a cronologia sugira 2023). Contudo, as desavenças já eram perceptíveis desde o segundo semestre anterior, quando Dudu chegou a ser anunciado pelo Cruzeiro e, posteriormente, reverteu a decisão, optando por permanecer no Palmeiras.
Naquele momento, Leila Pereira expressou-se publicamente com veemência no Sportv, exigindo que Dudu honrasse sua palavra e o compromisso assumido com o Cruzeiro, afirmando categoricamente que, para o Palmeiras, ele já estava negociado. Tais declarações geraram desconforto no atacante, que interpretou as palavras da presidente como uma pressão para sua saída. No dia seguinte à entrevista, em 17 de junho, após um encontro com membros de uma torcida organizada que o persuadiram a reconsiderar, Dudu decidiu permanecer no clube paulista.
As rusgas, entretanto, ressurgiram em novembro. Dudu, em um gesto que foi interpretado como uma alfinetada à gestão atual, teceu elogios ao ex-presidente Maurício Galiotte, antecessor de Leila, referindo-se a ele como "o melhor presidente". Estes foram alguns dos últimos atos do camisa 7, que se despediu do clube sentado no gramado do Allianz Parque, ao lado de seus familiares.
O Desfecho da Saída e a Réplica Digital
Com o encerramento do Campeonato Brasileiro e já em período de férias nos Estados Unidos, Dudu e Palmeiras formalizaram a rescisão de contrato. Este ato liberou o caminho para que o atacante se transferisse para o Cruzeiro sem que o clube paulista recebesse qualquer compensação financeira. Sua partida ocorreu sem eventos de despedida ou homenagens oficiais. Na ocasião, o Palmeiras justificou que havia um acordo prévio com a equipe do jogador para uma cerimônia assim que ele retornasse das férias, enquanto pessoas próximas ao atleta negaram a existência de tal pacto. As partes, então, seguiram seus respectivos caminhos, sem novos contatos.
Em janeiro, Leila Pereira voltou a abordar o tema Dudu em uma coletiva de imprensa, ao ser questionada sobre a situação de Rony? considerado negociável, mas sem um novo destino ? e como evitar que se tornasse um caso similar ao do ex-companheiro. A presidente descartou qualquer comparação, afirmando:
Rony não foi se oferecer para clube nenhum. O Rony sairia pela porta da frente. O Dudu saiu pela porta dos fundos.
Poucas horas após essa declaração, o atacante utilizou suas redes sociais para responder às críticas da presidente de forma contundente, com xingamentos e expressões como "me esquece" e "VTNC", além de aprofundar suas críticas em uma caixa de comentários:
Para mim nunca teve a coragem de falar na lata. Parem de ficar puxando saco dessa pessoa porque o que ela fala pelo microfone não é nada disso. #FalsaMaisQueNotaDe2Reais
Como reação a essa manifestação, a presidente decidiu acionar seus advogados, entendendo que não havia proferido ofensas a Dudu e que a resposta do jogador foi "desproporcional e desrespeitosa", culminando no processo atual.
Implicações Legais e o Cenário para o Atlético-MG
A Procuradoria do STJD, ao avaliar o caso, considerou que o atacante incorreu em infração prevista no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Este artigo tipifica a conduta de "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou pessoa com deficiência".
É importante ressaltar que o Regulamento Geral de Competições classifica as infrações de cunho discriminatório como de "extrema gravidade". A sanção para este tipo de violação varia, conforme a legislação desportiva, em termos de suspensão e multa:
Tipo de Sanção | Variação da Pena |
---|---|
Suspensão | De 5 a 10 jogos |
Multa | De R$ 100 a R$ 100 mil |
Embora o episódio tenha ocorrido quando Dudu ainda defendia o Cruzeiro, a responsabilidade de sua defesa agora recai sobre o Atlético-MG. O clube alvinegro, ciente da situação, está se preparando internamente e aguarda a definição da data do julgamento para apresentar a argumentação em favor de seu jogador. O desfecho deste caso terá repercussões diretas no desempenho e na disponibilidade de Dudu para as próximas competições, um fator de considerável preocupação para a equipe técnica e a torcida do Galo.
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