Cuca vetou Marcos Rocha no Atlético por mágoas do passado? Entenda a polêmica!

A recente mudança do lateral-direito Marcos Rocha para o Grêmio trouxe à tona uma revelação surpreendente, que envolve diretamente o Atlético Mineiro e seu ex-comandante, Cuca. O jogador, com uma trajetória vitoriosa no futebol brasileiro, afirmou publicamente que o técnico mantém um ressentimento de um embate ocorrido há quase cinco anos, um fator que teria sido determinante para impedir seu retorno ao clube alvinegro.

O episódio em questão remonta à decisão da Copa Libertadores de 2020, disputada no início do ano subsequente em função da paralisação global pela pandemia de Covid-19. Naquele confronto decisivo, Cuca dirigia o Santos, enquanto Marcos Rocha defendia as cores do Palmeiras. O que parecia ser um lance corriqueiro nos minutos finais da partida, que se arrastava em um empate sem gols, transformou-se em um atrito marcante entre os dois profissionais.

Durante uma cobrança de lateral, uma confusão generalizada se instalou, culminando na expulsão do treinador santista. Pouco tempo depois, Breno Lopes marcaria o gol da vitória palmeirense nos acréscimos, selando o título da competição. Para Marcos Rocha, a intensidade daquele momento deixou uma marca duradoura em Cuca, que, segundo o atleta, ainda guarda mágoas do ocorrido.

A Origem da Desavença: Libertadores e a Expulsão Marcante

O próprio Marcos Rocha detalhou o incidente que, aparentemente, ainda ecoa na memória de Cuca. Em entrevista concedida ao canal ?Um Assado Para?? de Duda Garbi, o experiente lateral narrou a sequência dos eventos:

Como eu batia o lateral forte, na hora que fui pegar a bola ele veio para cima para não deixar. Nisso, embolamos, caímos, e o juiz expulsou o Cuca. Ele vai para torcida, torcida bate palma, e gol do Palmeiras. Quando peguei o telefone, tinha umas dez mensagens apagadas dele. Deve ter me xingado muito.

A persistência desse sentimento foi confirmada em um encontro recente. Marcos Rocha relatou que, em um jogo contra o Atlético Mineiro , o próprio Cuca admitiu que o ressentimento ainda existia, mesmo após tantos anos. Essa confissão sublinha a profundidade da desavença e como ela se manteve latente na relação entre ambos.

?Até esse ano, que jogamos contra o Atlético, o Cuca ainda estava com raiva de mim. Cinco, seis anos depois. Eu falei: 'Cuca, para com isso, estamos ficando velhos'. Mas ele disse: 'Tenho uma magoazinha no coração, vai passar'?, revelou o jogador, evidenciando que o episódio da Libertadores não foi meramente um evento isolado, mas algo que permaneceu na memória do treinador.

O Veto de Cuca no Atlético: Um Passado Que Ainda Pesa

A revelação mais impactante de Marcos Rocha, no entanto, diz respeito à sua possível volta ao Atlético. Antes de acertar com o Grêmio, o lateral-direito foi oferecido ao clube mineiro. Contudo, Cuca, que na época ainda comandava o Galo, teria sido o responsável por barrar a negociação, alegando motivos técnicos que, para Rocha, mascaravam o antigo desentendimento.

Quando surgiu a oportunidade, a gente ligou para lá, mas o Cuca não deixou. Falou que já tinha dois laterais e não precisava de mim.

Essa decisão, supostamente influenciada por uma questão pessoal, levanta questionamentos sobre como a história prévia entre profissionais pode impactar escolhas estratégicas em grandes clubes. A recusa de um jogador com o calibre e a experiência de Marcos Rocha, que tinha um histórico vitorioso e identificação com o Atlético, demonstra a complexidade das relações nos bastidores do futebol.

Marcos Rocha no Palmeiras: Um Legado de Títulos e Atuações Consistentes

A passagem de Marcos Rocha pelo Palmeiras é marcada por uma era de sucesso e conquistas expressivas. Durante oito temporadas, o lateral consolidou-se como uma peça fundamental na equipe, acumulando números e títulos que o colocam entre os grandes nomes da história recente do clube paulista.

Sua performance no Palmeiras incluiu 340 partidas disputadas, com nove gols marcados e 37 assistências, demonstrando sua capacidade tanto defensiva quanto ofensiva. O legado de Marcos Rocha no clube é ainda mais evidenciado pela impressionante lista de 12 títulos que ajudou a conquistar:

Essa trajetória vitoriosa no Palmeiras contrasta com a situação de sua não-volta ao Atlético, sugerindo que o potencial do jogador foi preterido em função de um desentendimento pessoal. O episódio de Marcos Rocha e Cuca serve como um lembrete de que, mesmo no profissionalismo do futebol de alto nível, os laços e ressentimentos do passado podem, por vezes, moldar o futuro de atletas e clubes.