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Ceni Detona VAR: Arbitragem Desequilibra Partidas do Brasileirão?
Por Redação FutGalo em 05/11/2025 23:32
A Arena MRV, em Belo Horizonte, foi palco de mais uma derrota do Bahia fora de casa, desta vez por 3 a 0 diante do Atlético-MG, em confronto válido pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. Contudo, o placar final foi ofuscado por uma explosão de insatisfação do técnico Rogério Ceni, que não hesitou em apontar o dedo para a arbitragem, em especial para o árbitro de vídeo Rafael Traci.
A coletiva pós-jogo transformou-se em um palco para as duras críticas de Ceni, que questionou a atuação de Traci ao recomendar a revisão de uma jogada envolvendo Kanu e Bernard. A intervenção resultou na expulsão do zagueiro do Bahia, um momento que, para o treinador, foi o divisor de águas da partida e que, de forma contundente, definiu o desfecho.
A Influência Decisiva do VAR no Resultado
A indignação de Rogério Ceni ecoou de forma retumbante. O técnico afirmou, categoricamente, que o desfecho das partidas no futebol brasileiro tem sido moldado pelas interferências do VAR. Ele traçou um paralelo com um jogo anterior, entre Internacional e Atlético-MG, onde Hulk foi expulso, sugerindo um padrão nas decisões que impactam diretamente o andamento dos confrontos.
"O lado que vai vencer o jogo é o lado que o VAR resolve interferir no futebol brasileiro."
Ceni não se limitou a questionar a expulsão de Kanu. Ele ressaltou a omissão de Rafael Traci em um lance envolvendo Michel Araujo, onde o jogador teve sua meia rasgada, um incidente que, segundo o treinador, merecia, no mínimo, uma advertência. A seletividade nas intervenções do VAR foi o cerne de sua queixa, levantando dúvidas sobre a imparcialidade das decisões.
Inconsistência Arbitral e a Fúria do Treinador
O técnico do Bahia foi além, criticando a falta de responsabilização dos árbitros de vídeo. "Não é que o árbitro é ruim, mas o senhor Rafael Traci no VAR, o que acontece com ele? Como ele vai explicar aquele lance que é expulsão clara. Sabe o que vai acontecer? Nada. Esse é o futebol brasileiro. O lance do Michel Araujo é mais propício para vermelho ou o do Kanu? O senhor Rafael Traci teve a coragem de chamar para o lance do Kanu, ele é muito corajoso aqui no campo do Atlético", disparou Ceni, evidenciando sua frustração com a aparente impunidade e a disparidade de critérios.
É importante notar que, em ocasiões anteriores, Rogério Ceni já havia expressado sua defesa pela arbitragem nacional, embora sempre acompanhada de ressalvas sobre as deficiências existentes. Essa postura prévia torna suas críticas atuais ainda mais incisivas, sublinhando a gravidade da situação percebida pelo treinador.
Impacto da Expulsão e Análise Tática Pós-Incidente
A expulsão de Kanu alterou dramaticamente o cenário da partida. Até aquele momento, o Bahia, mesmo jogando fora de casa, apresentava uma postura competitiva e um volume de jogo considerável, conseguindo se defender eficazmente. Entretanto, com um jogador a menos e o cansaço acumulado ? o time teve menos de 72 horas de descanso ?, a equipe não conseguiu sustentar o mesmo nível.
Ceni reconheceu a superioridade do Atlético-MG no cenário de 11 contra 10, mas fez questão de destacar que o jogo já estava comprometido. "Temos que analisar o jogo antes da expulsão, no 11 contra 11. Tivemos um bom volume de jogo, uma postura boa. O Atlético começou a dominar a partir da metade do primeiro tempo, mas tivemos boa postura. A gente se defendia bem até a expulsão. E aí, depois disso, a gente tentou duas linhas de quatro, mas com jogadores cansados, menos de 72 horas para descansar. Ali o jogo já estava definido. O cartão saiu em uma perda de bola boba nossa no meio de campo. Rafael Traci teve coragem ali de atuar. No lance do Michel ele não fez nada. Mas é isso, o Atlético é um time forte, que foi bem superior no 11 x 10", ponderou o técnico.
A Transparência Urgente na Arbitragem Brasileira
Questionado sobre as melhorias necessárias para a arbitragem, Ceni reiterou a necessidade de transparência e responsabilização. Ele insistiu que o lance de Michel Araujo, ocorrido nos primeiros 30 segundos de jogo, é um exemplo claro de uma infração para cartão vermelho que foi ignorada pelo VAR. Para o treinador, a ausência de intervenção em lances como este, especialmente quando o Atlético-MG já vinha de uma partida com decisões arbitrais controversas, sugere um direcionamento.
A crítica final de Ceni foi um apelo por maior visibilidade e prestação de contas dos responsáveis pelo VAR. "O cara do VAR não chamou esse lance tendo todas as câmeras. Ele tinha todas as possibilidades. Amanhã ele vai estar em outro jogo. Hoje em dia, no Brasil, o VAR direciona a partida como quiser. Não era interessante para ele expulsar o jogador do Atlético-MG hoje. Não teve a coragem de tomar a decisão que precisava ser tomada. O rosto do árbitro do VAR precisa ser colocado, apresentado, se não só a gente sofre com a pressão. Vai dizer que isso é justo?", finalizou, clamando por uma reforma que traga mais justiça e equidade ao futebol nacional.
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