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Atlético-MG x Juventude: Análise Tática do Empate Sem Gols no Brasileirão

Por Redação FutGalo em 30/09/2025 23:53

O Atlético Mineiro, em confronto realizado nesta terça-feira em Belo Horizonte, não conseguiu transformar seu volume de jogo em vantagem contra o Juventude, culminando em um empate sem gols. A partida, válida pela 26ª rodada do Brasileirão 2025, evidenciou a dificuldade do Galo em concretizar as oportunidades criadas, principalmente devido à precipitação na construção das jogadas e à notável imprecisão nas finalizações.

Rony, atacante da equipe alvinegra, protagonizou as chances mais claras para os anfitriões, especialmente durante a segunda etapa. Contudo, a ausência de gols em sua conta se estendeu, marcando um jejum que alcançará quatro meses nesta quarta-feira. Paralelamente, o goleiro Jandrei, do Juventude, teve uma participação decisiva na conquista do ponto fora de casa, realizando uma defesa crucial em uma das melhores finalizações de Rony , já nos acréscimos, e transmitindo segurança em todos os momentos.

A performance do Atlético-MG reflete um período de inconsistência no Campeonato Brasileiro. Desde a primeira quinzena de junho, o clube não consegue registrar duas vitórias consecutivas, o que o mantém na modesta 13ª posição na tabela. Este cenário levanta questionamentos sobre a capacidade da equipe de manter a regularidade e a efetividade necessárias para almejar posições mais elevadas na competição.

As Estratégias Iniciais e os Desfalques Cruciais

Para o embate, o técnico Jorge Sampaoli enfrentou uma série de desfalques importantes. O Atlético-MG não pôde contar com nomes como Everson, Junior Alonso, Guilherme Arana, Alexsander, Junior Santos e Hulk. Saravia e Natanael iniciaram a partida no banco de reservas. A formação escolhida foi um 3-4-3, com Gustavo Scarpa atuando como ala-direito. Gabriel Delfim foi o goleiro titular, enquanto Biel e Bernard mantiveram suas posições na equipe principal.

Do lado do Juventude, o técnico Thiago Carpini promoveu o retorno de Cipriano à zaga e de Jadson ao meio-campo. Caíque e Gabriel Taliari foram as ausências no elenco. No banco, estavam Reginaldo e Rodrigo Sam, e Nenê perdeu seu lugar no time titular para a entrada de Ênio. Gilberto atuou como centroavante, e o volante Daniel Peixoto foi escalado como zagueiro no esquema 5-4-1 montado pelo Papo.

Primeiro Tempo: O Duelo de Forças e a Dificuldade na Criação

A etapa inicial na Arena MRV foi caracterizada por uma intensa disputa. O Atlético buscou impor um ritmo elevado na circulação de bola e na pressão sobre o campo do Juventude. No entanto, esbarrou em um adversário igualmente determinado e enérgico na marcação. Tecnicamente, a partida antes do intervalo não foi atrativa, registrando apenas quatro finalizações no total, o que demonstra a dificuldade de ambas as equipes em transpor as defesas.

O Galo, naturalmente, assumiu as rédeas do jogo, realizando a saída de bola com seus três zagueiros. Alan Franco e Igor Gomes, posicionados à frente da linha defensiva, eram os principais alvos do primeiro passe curto, visando impulsionar o time ao ataque. Contudo, foram bem neutralizados pela dupla de volantes do Juventude, Jadson e Mandaca. A marcação desses jogadores foi incisiva, dificultando a progressão ofensiva de Igor e Franco.

O trio ofensivo do Juventude, composto por Ênio, Gilberto e Lucas Fernandes, alternava a pressão sobre a linha de zaga atleticana. Essa estratégia visava não apenas incomodar a saída de bola, mas também fechar as linhas de passe que poderiam encontrar os jogadores mais adiantados do time da casa, notadamente Scarpa e Caio.

A Intensa Marcação Gaúcha e as Poucas Oportunidades

Bernard e Biel, com movimentação constante e atuando nas costas de Jadson e Mandaca, passaram a se deslocar do centro para as laterais, buscando gerar opções de passe. A intenção era agilizar a construção e circulação da bola, mas a efetividade foi limitada pelo quinteto defensivo do Juventude, que se mostrou bem posicionado e obstinado em proteger a própria área.

As duas melhores oportunidades do Atlético no primeiro tempo surgiram de finalizações de Rony . Primeiramente, ele acertou a trave em um cabeceio após cobrança de falta de Scarpa. Posteriormente, chutou com perigo ao receber uma assistência de Bernard dentro da área. A criação de mais interações entre Bernard e Scarpa pelo flanco direito parecia ser um caminho promissor para o Atlético. Em um ataque rápido envolvendo a dupla, Jandrei interveio com sucesso para defender um cruzamento perigoso.

Igor Gomes começou a contribuir mais ofensivamente após os 30 minutos, o que levou Jadson a ser advertido com um cartão amarelo. O Juventude, por sua vez, arrematou apenas uma vez em 50 minutos de jogo no primeiro tempo. Após um roubo de bola de Daniel Peixoto no campo de ataque e um cruzamento de Lucas Fernandes, Ênio finalizou fracamente. Apesar de uma postura defensiva competitiva, marcando mais à frente e protegendo a área, a equipe gaúcha produziu muito pouco ofensivamente, recorrendo frequentemente a ligações diretas a partir de Jandrei.

Segundo Tempo: A Pressão Aumenta, Mas a Pontaria Falha

Na volta para o segundo tempo, o Galo manteve a agressividade. Rony esteve envolvido em duas jogadas rápidas e perigosas nos primeiros cinco minutos. Em uma delas, perdeu uma grande chance ao mandar a bola no travessão após um cruzamento de Biel. O Juventude já não conseguia manter o Atlético tão distante de sua meta, e o volume ofensivo dos donos da casa cresceu consideravelmente.

Igor Gomes se projetou para uma zona mais avançada, alinhando-se a Bernard e Biel no centro da intermediária defensiva gaúcha. Os três se conectavam em rápidas combinações. O técnico Carpini respondeu às mudanças, inserindo mais um volante: Sforza entrou no lugar de Ênio, concedendo um pouco mais de liberdade a Mandaca pela esquerda. Matheus Babi também substituiu Gilberto no ataque do Juventude.

Sampaoli não demorou a realizar suas próprias alterações. Reinier entrou no lugar de Biel antes dos 15 minutos, formando uma dupla de ataque com Rony , à frente de Igor Gomes e Bernard . Essa foi uma tentativa clara de aumentar o poder de fogo da equipe, dada a persistente imprecisão de Rony , que perdeu outra chance clara ao receber a bola de Caio dentro da área.

O Desfecho Frustrante: Defesas de Jandrei e Falta de Produtividade

Além de um sólido trabalho defensivo, Igor Formiga foi a peça mais perigosa do Juventude nas raras incursões ao campo de ataque. Ele arriscou um bom chute de média distância, defendido por Gabriel Delfim , e cruzou para Matheus Babi cabecear por cima. Carpini realizou mais substituições perto dos 30 minutos, retirando Daniel Peixoto e Lucas Fernandes, e promovendo as entradas de Rodrigo Sam na zaga e Rafael Bilu na linha de frente.

No Atlético, Igor Gomes foi substituído por Gabriel Menino, e Natanael entrou no lugar de Iván Román. A última troca envolveu Bernard , que saiu exaurido para a entrada de Dudu. Scarpa assumiu a função de Bernard na meia-direita, e Dudu atuou bem aberto pelo setor. Curiosamente, o Atlético experimentou uma queda de rendimento após essas substituições, só voltando a assustar o adversário na reta final da partida.

Nos momentos derradeiros, Caio teve uma finalização bloqueada por Luan Freitas após tabelar com Scarpa. Rony , ao finalmente acertar uma finalização com correção, parou em uma grande defesa de Jandrei. Dudu gerou volume pelo lado direito nos acréscimos. No entanto, os 12 minutos adicionais se transformaram em um "ataque contra defesa" que, apesar da intensidade, não resultou em produtividade suficiente para o Atlético Mineiro , consolidando um empate que deixou um sabor de frustração para a torcida alvinegra.

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Bruno

Bruno

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Comentado em 01/10/2025 04:14 Galera, tá difícil mas o time tá se empenhando. Falta melhorar nas finalizações, vamo que vamo Galo!
Leandro

Leandro

Nível: Semipro

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Comentado em 01/10/2025 02:01 Rony tá sofrendo, mas fé no tri ainda!
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