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Atlético-MG na Final da Sul-Americana: A Jornada Épica do Galo Contada em Detalhes

Por Redação FutGalo em 22/11/2025 08:21

O Atlético Mineiro se prepara para um novo embate decisivo em nível continental, desta vez na final da Copa Sul-Americana. Este retorno a uma decisão internacional ocorre após a amarga derrota na Copa Libertadores da América de 2024 para o Botafogo, um revés que certamente impulsionou a busca por esta redenção. A jornada até o confronto final foi marcada por uma série de percalços, incluindo dificuldades na fase inicial, a superação de ambientes hostis em altitude elevada, uma significativa alteração na liderança técnica e o drama das disputas por penalidades máximas. O desafio final aguarda o Galo em 22 de novembro, um sábado, às 17h, no emblemático Estádio Defensores del Chaco, no Paraguai, onde enfrentará o Lanús.

A Batalha Inicial: A Fase de Grupos do Galo

A participação do Atlético na etapa de grupos da competição se deu no Grupo H, onde dividiu o campo com Cienciano (Peru), Deportes Iquique (Chile) e Caracas (Venezuela). Os três primeiros jogos da equipe mineira resultaram em dois empates ? um 0 a 0 contra o Cienciano, em território peruano, e um 1 a 1 com o Caracas, na Venezuela ? além de uma expressiva vitória por 4 a 0 sobre o Iquique, em partida realizada na Arena MRV. Esse início consolidou cinco pontos para o clube.

Posteriormente, uma derrota de 3 a 2 para o Iquique fora de casa e um triunfo de 3 a 1 sobre o Caracas, em seus domínios, posicionaram o Galo na segunda colocação do grupo. A classificação em primeiro lugar dependia de uma vitória simples sobre o Cienciano, em casa. Contudo, o placar final de 1 a 1 frustrou essa expectativa, levando a equipe a uma rota mais desafiadora.

Abaixo, um resumo da performance do Atlético-MG na fase de grupos:

Adversário Local Resultado
Cienciano Peru Empate (0-0)
Caracas Venezuela Empate (1-1)
Deportes Iquique Arena MRV Vitória (4-0)
Deportes Iquique Chile Derrota (3-2)
Caracas Arena MRV Vitória (3-1)
Cienciano Arena MRV Empate (1-1)

Testes de Resiliência: Playoffs e Oitavas de Final

Como consequência da segunda posição na fase de grupos, o Galo foi direcionado aos playoffs da Sul-Americana, onde enfrentou o Atlético Bucaramanga, da Colômbia, um dos clubes que migraram da Libertadores. O confronto de ida, em Bucaramanga, apresentou um momento crítico: Alan Franco foi expulso no início do segundo tempo, com o placar ainda empatado. Apesar da desvantagem numérica, o Atlético demonstrou notável capacidade de superação, garantindo a vitória com um gol de pênalti convertido por Hulk. A atuação do goleiro Éverson foi fundamental para assegurar o resultado positivo.

No jogo de volta, em Belo Horizonte, o enredo se inverteu. Os colombianos, aproveitando uma jogada de bola parada, marcaram e levaram a decisão para as penalidades. Na série de cobranças, o Alvinegro prevaleceu por 3 a 1. Éverson, mais uma vez protagonista, defendeu duas cobranças e, com a responsabilidade de executar a última penalidade, garantiu a vaga para as oitavas de final, carimbando sua importância na campanha.

Nas oitavas de final, em um embate sul-americano entre Brasil e Argentina, o Atlético recebeu o Godoy Cruz na Arena MRV. A equipe da casa viu-se em desvantagem após um gol de Andino no primeiro tempo. Contudo, na segunda etapa, o time mineiro orquestrou uma virada emocionante, com gols de Cuello e Hulk , este último aos 44 minutos do segundo tempo, levando a torcida ao delírio.

No confronto de volta, em território argentino, o Galo exibiu solidez defensiva, suportando a pressão dos adversários e conquistando a vitória com um gol de Natanael, marcado no início do segundo tempo, selando a passagem para a próxima fase.

A Virada de Rumo: Troca no Comando Técnico

Antes do desafiador duelo das quartas de final, o Atlético atravessava um período de instabilidade no Campeonato Brasileiro. Diante desse cenário, a diretoria do clube optou pela saída do técnico Cuca e anunciou a contratação de Jorge Sampaoli, um nome já familiar e de grande reconhecimento entre os torcedores. O treinador argentino já havia comandado o clube mineiro em 2020, o que gerou expectativas de uma nova fase para a equipe.

Superando Limites: Altitude e Heroísmo nas Quartas e Semifinais

As quartas de final impuseram ao Atlético a árdua tarefa de jogar na altitude de La Paz, na Bolívia, contra o Bolívar. O Galo demonstrou força ao abrir dois gols de vantagem, mas viu os adversários alcançarem o empate no final da partida. Na segunda etapa, a equipe boliviana teve um jogador expulso e ainda desperdiçou uma cobrança de pênalti, mantendo a tensão até o apito final.

Em Minas Gerais, no jogo de volta, após um confronto taticamente disputado e truncado, a estrela do ídolo Bernard brilhou intensamente. Aos 46 minutos do segundo tempo, após um cruzamento preciso de Scarpa, o atacante, apesar de sua estatura de 1,64m, realizou uma cabeçada certeira no canto do goleiro, provocando uma explosão de euforia na massa atleticana e garantindo a vaga.

Nas semifinais, os mineiros enfrentaram novamente o desafio da altitude, desta vez em solo equatoriano, contra o Independiente Del Valle. Após sofrer um gol de pênalti aos 11 minutos do primeiro tempo, o Galo demonstrou resiliência e buscou o empate aos 46 minutos da segunda etapa, com um gol de Dudu, seu primeiro pelo clube, um momento de grande significado.

De volta à Arena MRV, o Atlético fez valer o apoio fervoroso de sua torcida e selou a classificação para a grande final da Sul-Americana, com uma performance dominante que resultou em uma vitória por 3 a 1, confirmando sua presença na decisão continental.

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