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Atlético-MG Impulsionado: Análise da Vitória Crucial sobre o Sport no Brasileirão

Por Redação FutGalo em 08/10/2025 21:01

A noite de 8 de outubro de 2025 pode representar um divisor de águas crucial para o Atlético no Campeonato Brasileiro. Não meramente pelo adversário, o Sport, uma equipe que, apesar de ter imposto desafios a oponentes recentes, é amplamente vista como um virtual candidato ao rebaixamento. O que realmente conferiu peso a este confronto foi a maneira como o placar de 3 a 1 foi construído, o comprometimento exibido pelo elenco mineiro e a positiva resposta de jogadores que atravessavam um momento de baixa performance.

Um exemplo notável foi Rony, que encerrou um jejum de gols que perdurava desde 1º de junho, após 23 partidas sem balançar as redes. Sua contribuição foi além da quebra do tabu, destacando-se pela participação efetiva em diversas investidas ofensivas e lances capitais. Outros nomes que merecem menção são Saravia, Fausto Vera, Dudu e Guilherme Arana. A concentração, a intensidade e a precisão demonstradas pelo time na concretização das oportunidades criadas foram aspectos dignos de realce.

A Reação Alvinegra: O Pontapé Inicial para a Ascensão

Para este confronto vital, Jorge Sampaoli promoveu ajustes significativos em sua equipe. Junior Alonso, Alan Franco e Iván Román estavam ausentes. Além deles, Natanael e Hulk, que haviam iniciado a partida anterior, uma derrota para o Fluminense, foram movidos para o banco de reservas. Em suas posições, Saravia e Dudu, este último sem figurar entre os titulares desde 31 de agosto, retornaram à formação inicial. Fausto Vera também recebeu uma nova oportunidade para começar o jogo.

Do lado do Sport, Daniel Paulista optou por manter a estrutura tática observada na segunda etapa do embate contra o Cruzeiro. A escalação inicial contou com Igor Cariús na ala-esquerda, e Luan Cândido formando um trio de zaga ao lado de Ramon e Rafael Thyere. Aderlan manteve sua posição na direita. Hyoran e Matheusinho foram os jogadores mais próximos de Dérik Lacerda no ataque. Lucas Lima e Romarinho iniciaram a partida entre os reservas.

A Disposição Tática e as Peças Chave no Campo

Desde o apito inicial, o Atlético demonstrou uma clara ambição de dissipar a última impressão negativa deixada. A equipe exibia uma circulação de bola veloz e movimentos agressivos na busca por combinações próximas à área adversária. Pelo corredor esquerdo, Dudu atuava amplamente aberto, enquanto Guilherme Arana se movimentava por dentro. Na ala direita, Gustavo Scarpa trabalhava perto da linha lateral, com Bernard oferecendo suporte pelo centro. Rony era o ponto focal da linha ofensiva.

O atacante, ex-Palmeiras, executou movimentos de recuo inteligentes, distribuindo passes laterais com um toque de bola sutil e atraindo a atenção dos defensores do Sport. Tal estratégia liberou espaços importantes para infiltrações na retaguarda rubro-negra, especialmente pelo flanco esquerdo, onde Aderlan enfrentava dificuldades para conter Dudu. Um escanteio originado nesse setor resultou na abertura do placar logo aos oito minutos.

Bernard executou uma cobrança rasteira e imprecisa na primeira trave, mas Rony , com um contorcionismo preciso, conseguiu raspar na bola, que encontrou Vitor Hugo, garantindo mais um gol para a camisa alvinegra. Após o tento, o time da casa só não ampliou a vantagem devido a uma sequência de defesas espetaculares de Gabriel. Luan Cândido também realizou um corte decisivo quase sobre a linha, novamente em uma jogada trabalhada pelo lado esquerdo.

A Contundência Alvinegra e a Reação do Leão

O Sport, que até então adotava uma postura naturalmente mais reativa, viu-se obrigado a alterar sua estratégia após sofrer o gol. Adiantou sua linha de marcação e buscou equilibrar a posse de bola. Pouco antes de ser vazado, o Leão havia perdido Hyoran por lesão, com Atencio entrando em seu lugar.

Apesar de conseguir rodar a bola no campo de ataque, o time pernambucano carecia de poder de penetração na área. Suas investidas mais perigosas foram uma falta levantada na área, com Thyere cabeceando para fora, e um contra-ataque conduzido por Matheusinho pela direita. Mesmo sem assustar a meta nordestina por mais de vinte minutos, o time anfitrião passou a encontrar mais espaços para transições rápidas e demonstrou maior contundência em suas ações ofensivas.

Saravia , em um lance de astúcia, roubou a bola do desatento Atencio no meio-campo, iniciando uma transição veloz que contou com as participações de Gustavo Scarpa , Bernard e Dudu. Apesar de um erro de Rivera dentro da área do Sport e um bloqueio de Rafael Thyere em Igor Gomes, Guilherme Arana não hesitou no rebote, ampliando a vantagem. Ainda na primeira etapa, nos minutos finais, Gustavo Scarpa quase marcou ao receber um cruzamento preciso de Arana.

O Galo retornou para o segundo tempo sem realizar substituições, mas já havia perdido Lyanco por lesão na primeira etapa, sendo substituído por Ruan na zaga. Daniel Paulista, por sua vez, tornou o Leão mais ofensivo. Sacou Zé Lucas e Igor Cariús, inserindo Lucas Lima e Romarinho. A equipe passou a atuar com apenas Rivera como volante e a defender com uma linha de quatro, o que, consequentemente, cederia mais espaços. Rony quase aproveitou essa fragilidade nos primeiros minutos após o intervalo.

O Selo da Vitória: Consolidação e Resposta Final

O Rubro-Negro ganhou em criatividade com as novas peças em campo. Vitor Hugo impediu um gol certo de Lucas Lima na pequena área. Romarinho se mostrou incisivo pela esquerda, e tanto Ramon quanto Atencio ameaçaram a meta de Éverson. Sampaoli agiu rapidamente, substituindo Dudu e Bernard por Natanael e Biel. Scarpa assumiu a função de Bernard , e Natanael passou a realizar a marcação de Romarinho.

Exposto, o Sport acabou sofrendo o terceiro gol em um contra-ataque fulminante, iniciado por uma bela reposição de bola de Éverson. Aderlan falhou de forma grosseira, permitindo que Biel carregasse a bola livremente até rolar para Rony , que finalmente quebrou seu tabu de 23 jogos sem marcar. Uma construção de gol que já havia sido "anunciada" em diversas jogadas anteriores.

Hulk e Caio entraram em campo logo depois, as últimas duas cartadas de Sampaoli antes mesmo da metade do segundo tempo, proporcionando descanso a Gustavo Scarpa e Guilherme Arana . No Sport, Matheus Alexandre e Sergio Oliveira também vieram do banco, substituindo Aderlan e Atencio. Mesmo diante do placar adverso e da marcação ajustada do Atlético após a entrada de Natanael , o Sport manteve sua postura agressiva com a bola no campo de ataque. Foi recompensado com um pênalti, após a bola explodir no braço aberto de Ruan em uma boa trama de Dérik Lacerda e Matheusinho. O próprio Dérik converteu a penalidade aos 36 minutos, reacendendo as esperanças do Leão no jogo.

Rony esteve perto de marcar seu segundo gol na partida ao desviar uma falta batida por Hulk , mas Gabriel fez outra boa defesa. Contudo, os mineiros perderam grande parte da eficiência defensiva conquistada ao longo da segunda etapa. Romarinho novamente levou vantagem pelo lado esquerdo do ataque em um lance que culminou em um gol inacreditavelmente perdido por Matheusinho.

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