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Atlético-MG: Entenda a Fortuna da Venda de Savinho ao Grupo City e Valores Pendentes
Por Redação FutGalo em 28/06/2025 07:42
A transação que levou o promissor atacante Savinho do Atlético-MG para o Grupo City, finalizada em meados de 2022, permanece como um tópico de grande interesse entre os entusiastas do futebol. Embora o clube mineiro já tenha recebido uma parcela significativa dos montantes acordados, certas obrigações financeiras ainda aguardam liquidação, incluindo disposições contratuais ligadas a bonificações por desempenho que, infelizmente, não se concretizaram.
O Caminho de Savinho e a Entrada de Recursos no Galo
A recente transferência de Savinho do Girona, outra agremiação sob a égide do Grupo City, para o gigante Manchester City, em uma operação avaliada em aproximadamente 25 milhões de euros, reacende a discussão sobre os benefícios financeiros para o Atlético-MG. Com base nos percentuais de direitos econômicos e no mecanismo de solidariedade da FIFA que o Galo manteve, estima-se que o clube tenha direito a um aporte adicional de cerca de 3,55 milhões de euros, o que se traduz em aproximadamente R$ 19 milhões na cotação atual. Este novo fluxo de caixa representa um alívio e uma validação da aposta feita no jovem talento.
Na ocasião da negociação primária, o valor inicial fixado e pago foi de 6,5 milhões de euros, equivalente a cerca de R$ 33,5 milhões. Contudo, o acordo abrangia um conjunto de metas adicionais que poderiam elevar o montante total da transação para até 12,5 milhões de euros. Parte desses valores pendentes ainda está sendo ativamente cobrada pelo Atlético-MG.
De acordo com o balanço financeiro da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, divulgado em dezembro de 2024, o Atlético-MG tem um crédito de aproximadamente R$ 9,2 milhões a receber do Troyes, equipe francesa à qual Savinho foi inicialmente vinculado. Essa quantia decorre da manutenção de 12,5% dos direitos econômicos do atleta, somados a 1,7% referentes ao mecanismo de solidariedade estabelecido pela FIFA, que remunera os clubes formadores.
As Cláusulas de Bônus Não Atendidas: Um Olhar Sobre os Valores Perdidos
O contrato original previa diversas bonificações atreladas ao desempenho de Savinho, todas condicionadas ao período em que o atleta estivesse sob vínculo com o Troyes. A expectativa era de que esses adicionais pudessem engordar significativamente a receita do Galo, mas a realidade em campo se mostrou diferente. A ausência de minutos de jogo pelo clube francês inviabilizou a ativação de todas essas cláusulas contratuais. Savinho foi sucessivamente emprestado ao PSV e, posteriormente, ao Girona, antes de finalmente chegar ao Manchester City, fazendo com que os valores vinculados à sua performance em solo francês permanecessem apenas como projeções no papel.
Para ilustrar a magnitude das bonificações que não foram alcançadas, apresentamos a seguir os valores e as condições estipuladas:
Condição de Bônus (Troyes) | Valor Potencial (Euros) |
---|---|
A cada 10 partidas como titular pelo Troyes | 250.000 |
5 aparições na fase de grupos da Champions League | 500.000 |
Atuações nas fases finais da Champions League | 750.000 |
20 participações em gols (Ligue 1, uma temporada) | 500.000 |
Conquista da Bola de Ouro como jogador do Troyes | 1.500.000 |
É evidente que a trajetória de Savinho, que não incluiu um período significativo de atuação pelo Troyes, impediu que qualquer uma dessas metas fosse cumprida, deixando um vácuo nos ganhos potenciais do Atlético-MG.
A Perspectiva do Clube e as Razões da Negociação
A decisão de negociar Savinho foi, em parte, motivada por imperativos financeiros do Atlético-MG na época. Rodrigo Caetano, então diretor de futebol do clube, trouxe clareza sobre o cenário que levou à venda. "Quando você não precisa vender, o preço automaticamente sobe. Mas, por necessidade, o valor é outro. São momentos distintos", comentou ele, sublinhando a influência da conjuntura econômica na precificação de um ativo tão valioso.
Rubens Menin, um dos principais acionistas da SAF do Atlético, corroborou essa visão, enfatizando a difícil escolha que o clube enfrentou. "Infelizmente, tivemos que liberar o Savinho. Sabíamos do talento, mas o clube precisava daquele dinheiro", reforçou Menin, contextualizando a transação como uma medida necessária para a saúde financeira da instituição em um período delicado. A venda, embora questionada por muitos à época, agora se mostra uma fonte contínua de receita, validando a estratégia de longo prazo do Atlético-MG.
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