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Atlético-MG 3x0 Bahia: Análise Crítica da Vitória do Galo no Brasileirão

Por Redação FutGalo em 06/11/2025 04:15

A noite da última quarta-feira, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, testemunhou a superioridade do Atlético-MG sobre o Bahia, em uma vitória por 3 a 0. O que para o adversário parecia ser um promissor início de partida, com cerca de 20 minutos de bom futebol, revelou-se um mero interlúdio antes da inevitável nona derrota tricolor atuando longe de seus domínios. A performance do Galo transformou qualquer vislumbre de um "oásis" para o time visitante em uma reafirmação da realidade desafiadora que enfrentam fora de Salvador.

Apesar de um começo onde o Bahia buscou surpreender, a equipe alvinegra soube se recompor e impor seu ritmo, explorando as fragilidades do adversário e consolidando um placar elástico. Este resultado não apenas reflete a eficácia do Atlético-MG em casa, mas também expõe as dificuldades persistentes do Bahia em competições longe de sua torcida, especialmente quando confrontados com equipes de maior calibre.

A Breve Ilusão Tricolor e a Reação Alvinegra

Para o confronto, o técnico Rogério Ceni promoveu cinco alterações na formação do Bahia, sendo duas delas por imperativos. Na linha defensiva, Kanu substituiu o suspenso Ramos Mingo. No meio-campo, Michel Araujo ocupou a vaga de Rodrigo Nestor, e Everton Ribeiro, sem condições de atuar por 90 minutos, ficou de fora do onze inicial. O setor ofensivo foi o mais remodelado, com as entradas de Cauly, Ademir e Tiago, que assumiram os postos de Kayky (lesionado), Erick Pulga e Willian José, ambos na reserva.

A estratégia inicial do Bahia, com um ataque mais leve, visava uma marcação alta e a exploração das brechas na retaguarda do Atlético-MG por meio de transições rápidas. Michel Araujo, Cauly, Ademir e Tiago foram os motores dessa fase inicial, com Michel e Tiago, inclusive, desperdiçando chances claras antes dos 15 minutos de jogo. Taticamente, Cauly, embora posicionado na extrema esquerda, demonstrava grande mobilidade, flutuando para o centro do campo e assumindo o papel de principal articulador, o que abria espaço para as investidas de Luciano Juba pelo corredor esquerdo.

Contudo, essa pressão inicial durou pouco. Após os 20 minutos de ímpeto, o Bahia recuou suas linhas e concentrou-se na fase defensiva, especialmente para neutralizar as investidas aéreas do Galo. A equipe demonstrou vulnerabilidade na saída de bola, um aspecto que se mostraria crucial no segundo tempo. Em um desses lances, o goleiro Ronaldo foi forçado a intervir decisivamente em uma finalização de Hulk, prenunciando o que estava por vir.

A Estrutura do Bahia: Uma Análise Tática

A formação inicial do Bahia, com as mudanças propostas por Rogério Ceni, buscava agilidade e capacidade de desorganizar a defesa adversária. No entanto, a execução, como visto, teve fôlego limitado. A seguir, a composição da equipe que iniciou a partida:

Posição Jogador
Goleiro Ronaldo
Lateral Direito Santi Arias
Zagueiro David Duarte
Zagueiro Kanu
Lateral Esquerdo Luciano Juba
Volante Acevedo
Volante Jean Lucas
Meia Michel Araujo
Atacante Cauly
Atacante Ademir
Atacante Tiago

O Ponto de Virada: Expulsão e a Eficácia do Galo

O segundo tempo sequer permitiu ao Bahia retomar o ritmo inicial. A partida tomou um rumo decisivo com a expulsão de Kanu, após uma perda de bola de Santiago Arias no campo de ataque. A decisão do árbitro gerou forte protesto do técnico Rogério Ceni, que criticou publicamente a atuação do VAR. Com um jogador a menos, o treinador foi forçado a realizar ajustes emergenciais, deslocando o volante Rezende para a zaga, sacrificando Cauly. As outras alterações incluíram as entradas de Erick e Erick Pulga, substituindo Michel Araujo e Ademir, respectivamente.

Em desvantagem numérica, o Bahia viu-se obrigado a intensificar sua postura defensiva, mas foi justamente em tentativas frustradas de avançar que sofreu os gols. O primeiro tento do Atlético-MG surgiu após Acevedo falhar na interceptação da bola, deixando Hulk em posição favorável para finalizar. Este lance evidenciou a capacidade do Galo de capitalizar sobre os erros adversários.

Consolidação da Vitória: O Galo Implacável

Os gols subsequentes do Atlético-MG escancararam as deficiências do Bahia. A equipe visitante cometeu uma série de faltas próximas à área, e foi em uma dessas infrações que Igor Gomes marcou o segundo gol, em uma cobrança de bola parada precisa. A fragilidade defensiva do Bahia também se manifestou no terceiro gol, quando Biel, em profundidade, concluiu uma jogada após mais uma tentativa de ataque tricolor que não prosperou, transformando-se em um contra-ataque letal.

Mesmo com a desvantagem numérica, esperava-se que o Bahia pudesse oferecer maior resistência no decorrer da segunda etapa. Contudo, a equipe não conseguiu se reorganizar e sucumbiu à pressão alvinegra. A vitória por 3 a 0 é um atestado da força do Atlético-MG em seus domínios e um alerta para o Bahia, que agora enfrenta a necessidade urgente de somar pontos fora de casa para não comprometer sua posição na tabela do Brasileirão. O próximo desafio do Tricolor será no sábado, longe de Salvador, contra o Internacional, no Beira-Rio, às 18h30 (horário de Brasília), pela 33ª rodada.

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