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Balanço da Arena MRV: Desafios, Números e o Futuro do Atlético-MG
Por Redação FutGalo em 02/01/2025 04:30
Desempenho e Números da Arena MRV em 2024
O ano de 2024 marcou a consolidação da Arena MRV como a casa oficial do Atlético-MG. Ao longo da temporada, o estádio sediou um total de 33 partidas, abrangendo o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro e a Copa Libertadores. Os números refletem um desempenho sólido do clube em seu novo lar, com 19 vitórias, 9 empates e apenas 5 derrotas, resultando em um aproveitamento de 66,6%.
A Arena MRV testemunhou momentos de grande emoção, com cinco quebras de recordes de público culminando na final da Copa do Brasil contra o Flamengo, que atraiu 44.876 torcedores. A média de público em 2024 foi de 35.237 pessoas, o maior índice anual desde a reabertura dos estádios após a pandemia em 2021. A taxa de ocupação alcançou 78%, com uma margem de lucro de 71% entre a receita líquida e a receita bruta.
Os artilheiros da Arena MRV foram Hulk e Paulinho, ambos com 17 gols, seguidos por Deyverson com 5 gols. As médias de público por competição foram: 34.034 no Campeonato Mineiro, 32.901 no Campeonato Brasileiro, 40.555 na Copa do Brasil e 37.850 na Copa Libertadores.
Problemas de Infraestrutura e Soluções na Arena MRV
Apesar dos números expressivos, a Arena MRV enfrentou desafios significativos em seu primeiro ano, especialmente relacionados à acústica e ao gramado. O piso do estádio está passando por uma substituição para grama sintética, um investimento que ultrapassa R$ 12 milhões. Essa mudança, segundo Rubens Menin, proprietário do clube, foi motivada pela necessidade de melhorar as condições de jogo e resolver problemas de iluminação.
Menin explicou que as restrições iniciais de licenciamento, que impunham limites de decibéis para o exterior, levaram a investimentos em acústica que, ironicamente, prejudicaram a acústica interna do estádio. "O licenciamento da Arena foi muito duro, não podíamos passar não sei quantos decibéis para fora, tivemos que gastar milhões para que os ruídos não fossem para fora da arena. Quando a gente fez essa acústica, prejudicou a acústica interna. Vamos ter que gastar, infelizmente."
A escolha pela grama sintética, segundo Menin, foi uma decisão estratégica após a prefeitura flexibilizar as regras: "Em relação ao gramado, a gente não poderia ter feito o sintético. Hoje o sintético do Botafogo, que é para mim o melhor deles, é muito interessante. Agora, a prefeitura entendeu que dava a liberdade para usar a grama sintética, coisa que não podia quando inauguramos. O estádio tem problema de iluminação, a gente entende que a grama sintética é melhor."
Impacto Financeiro e Punições na Arena MRV
Em termos financeiros, a Arena MRV gerou uma receita bruta total de R$ 88,1 milhões e uma receita líquida total de R$ 66,2 milhões em 33 jogos, além de R$ 8,9 milhões em receitas diversas. No entanto, o estádio também foi palco de controvérsias. A final da Copa do Brasil resultou em confusão e interdição, impactando o início da temporada de 2025. A punição pode ser ampliada pelo STJD.
Uma das consequências da punição foi a realização da última partida do Campeonato Brasileiro contra o Athletico-PR com portões fechados. O clube foi obrigado a jogar a reta final do Brasileirão sem a presença de público, o que certamente afetou a atmosfera e o desempenho da equipe. Além da Arena MRV, o Atlético-MG também mandou jogos no Mineirão e Independência.
O primeiro ano da Arena MRV representou um marco para o Atlético-MG, com recordes de público e um desempenho positivo dentro de campo. No entanto, os desafios relacionados à infraestrutura e as punições impostas demonstram que o estádio ainda está em processo de consolidação. A expectativa é que as reformas e os investimentos em curso tragam melhorias significativas para o futuro do clube em sua nova casa.
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